As obras fazem parte do Programa de Descaracterização de Barragens da empresa, em conformidade com a Política Estadual de Segurança de Barragens (PESB), de Minas Gerais.

A Vale informou, nesta terça-feira (13/07), a conclusão da obra de descaracterização da barragem Fernandinho, localizada na Mina Abóboras, no Complexo Vargem Grande, em Nova Lima (MG). A companhia também informou que concluiu as obras de construção da Estrutura de Contenção à Jusante (ECJ) que serve as barragens Forquilhas I, II, III, IV e Grupo e está localizada entre os municípios de Itabirito e Ouro Preto (MG), perto da Mina Fábrica.

Descaracterização da barragem de Fernandinho

Com a conclusão das obras de descaracterização, que ainda será avaliada pelos órgãos competentes, Fernandinho deixa de ter características de barragem, perdendo a função de armazenamento de rejeitos e de água. No processo de descaracterização, 558 mil metros cúbicos de rejeitos foram removidos e um canal central de drenagem foi construído, com posterior revegetação e reintegração da área ao meio ambiente local. As atividades contaram com cerca de 540 trabalhadores, majoritariamente residentes na região de Nova Lima. Segundo a empresa, o trabalho foi executado com a adoção rigorosa de protocolos de prevenção à Covid-19.

A barragem Fernandinho fez parte do Programa de Descaracterização de Barragens da Vale, destinado às estruturas com alteamento a montante, método similar àquele empregado na barragem rompida em Brumadinho. A descaracterização das barragens a montante é um compromisso assumido pela Vale e uma obrigação legal, para aumentar a segurança das comunidades e das operações. Desde 2019, seis estruturas a montante foram completamente descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente.

Conclusão da ECJ de Fábrica

A estrutura de contenção a jusante da Mina Fábrica, com obras finalizadas, tem capacidade para reter os rejeitos das barragens Forquilhas I, II, III, IV e Grupo, localizadas a montante da Mina Fábrica, em um cenário hipotético de ruptura simultânea. Com 95 metros de altura e 330 metros de comprimento, a estrutura aumenta a segurança das pessoas que vivem em comunidades próximas e protege as Zonas de Segurança Secundária das referidas barragens, que incluem parte dos municípios de Itabirito, Raposos, Rio Acima e Nova Lima, além de três bairros de Belo Horizonte.

Estrutura de contenção à jusante que serve as barragens Forquilhas I, II, III, IV e Grupo – Foto: Divulgação / Vale.

A conclusão da ECJ permite os preparativos para a descaracterização das barragens Forquilhas I, II, III e Grupo. A barragem Forquilha IV está em nível 1 de emergência, Forquilhas I, II e Grupo estão em nível 2, e Forquilhas III em nível 3 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração. Todas as estruturas seguem com monitoramento instrumental contínuo, 24h por dia, 7 dias por semana, gerido pelo Centro de Monitoramento Geotécnico da Vale. De acordo com a companhia, a ECJ de Fábrica foi construída sob as mais rigorosas normas nacionais, as melhores práticas de engenharia e referências técnicas de entidades internacionais. A empresa também segue avaliando junto com a auditora técnica do Ministério Público a necessidade de ações complementares.

Em nota, a Vale declarou que a conclusão das duas obras representa o avanço do Programa de Descaracterização e do compromisso da empresa com uma abordagem mais transparente e segura na gestão de suas barragens. O cronograma do Programa de Descaracterização e demais informações sobre a gestão de barragens da Vale estão disponíveis em www.vale.com/esg.

 

Fonte: Agência Vale.

 

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