Mineradora britânica somou um ganho de US$ 5,188 bilhões no primeiro semestre.

A mineradora Anglo American apresentou lucro líquido de 1.001% no primeiro semestre de 2021, a US$ 5,188 bilhões, evidenciando a recuperação econômica após a pandemia do novo coronavírus e também a forte alta que os preços das commodities tiveram no período.

As receitas totais da empresa somaram US$ 21,779 bilhões no semestre, um incremento de 114%, com Ebitda de US$ 12,14 bilhões – acima da projeção do mercado – sendo que a margem do segmento de mineração foi de 61%. O forte fluxo de caixa reduziu a dívida líquida da empresa para US$ 2 bilhões.

“O grupo dos metais de platina e cobre – essenciais para a eletrificação dos transportes e na energia renovável – além do minério de ferro de alta qualidade, apoiado por uma melhora no segmento de diamantes, contribuíram para um semestre recorde”, diz Mark Cutifani, diretor presidente da Anglo American.

Minas-Rio

No Minas-Rio, nos seis primeiros meses de 2021, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) alcançou US$ 1,877 bilhão, um crescimento de 135% ante igual período do ano anterior (US$ 799 milhões). Esse resultado reflete uma média mais alta nos preços do minério de ferro e a forte valorização do dólar.

Nas unidades de níquel da empresa no Brasil, localizadas em Goiás, o EBITDA saiu de US$ 64 milhões no primeiro semestre do ano passado para US$ 135 milhões em igual período deste ano. O avanço de 111% no período reflete os maiores preços realizados do níquel no mercado.

O preço médio do minério de ferro realizado do primeiro semestre, de US$ 200 por tonelada (FOB Brasil), foi maior que o Metal Bulletin 66, de US$ 165 por tonelada (FOB Brasil), refletindo a qualidade do produto incluindo maior conteúdo de ferro (cerca de 67%).

A produção de minério de ferro no Minas-Rio, no primeiro semestre de 2021, foi de 11,4 milhões de toneladas. Isso representa uma redução de 9% em comparação com o mesmo período de 2020, quando foi produzida 12,6 milhões de toneladas. No segundo trimestre, a produção recuou em 5%, de 6,1 para 5,9 milhões de toneladas em relação a igual período do ano anterior.

Segundo a mineradora, a performance foi impactada por manutenções não planejadas na planta de beneficiamento, já concluídas, com a maior parte dos volumes com previsão de recuperação durante o restante do ano. O Minas-Rio vem consolidando seu processo de ramp-up, rumo ao volume nominal de produção de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, que deverá ser alcançado nos próximos anos.

Nas unidades de níquel, uma operação mais antiga e estável, a produção do semestre foi de 20,7 mil toneladas, redução de 5% em relação às 21,7 mil toneladas do mesmo período em 2020, refletindo o menor teor de minério planejado para o período. No segundo trimestre, houve uma redução de 2% na produção de níquel, com 10,6 mil toneladas, em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse volume já é muito próximo da capacidade instalada das plantas de níquel, o que explica a estabilidade.

As expectativas para 2021 são de produzir entre 24 e 25 milhões de toneladas de minério de ferro e entre 42 e 44 milhões de toneladas de níquel.

 

Com informações do Valor e Investimentos e Notícias.

 

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