Já a receita líquida no segundo trimestre somou R$ 110,7 bilhões, montante 117,5% superior ao registrado no mesmo período de 2020.

A Petrobras anunciou, nesta quarta-feira (04/08), um lucro líquido de R$ 42,855 bilhões no segundo trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 2,71 bilhões registrado no mesmo período do ano passado. Com relação aos primeiros três meses deste ano, quando o lucro líquido foi de R$ 1,167 bilhão, a alta foi de 3.572%.

A companhia aponta que o número refletiu maiores margens de derivados, maiores volumes de vendas de óleo e derivados no mercado interno e de exportações, ganhos cambiais devido à valorização do real frente ao dólar e ganhos de participações em investimentos, principalmente devido à reversão de impairment da BR Distribuidora, refletindo a precificação da oferta pública de ações.

O número foi bem acima do esperado pelo mercado. A média das projeções dos analistas apontava para um lucro líquido de R$ 30,67 bilhões, segundo dados compilados pela Refinitiv.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 61,93 bilhões, o que representa avanço de 147,9% na comparação anual. Na comparação trimestral, a alta foi de 26,5%. O número também ficou acima da projeção Refinitiv, que era de R$ 54,7 bilhões.

Segundo a companhia, o número reflete: a valorização dos preços do Brent, as maiores margens de derivados, aumento do volume de vendas no mercado interno e das exportações e ganho complementar com a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS.

O Ebitda ajustado recorrente, por sua vez, atingiu R$ 60,033 bilhões, em alta de 239,1% na base anual e de 25,7% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

A receita líquida no segundo trimestre de 2021 somou R$ 110,7 bilhões. O número foi 117,5% superior na comparação anual e 28,5% acima na comparação com os primeiros três meses de 2021.

A receita de derivados no mercado interno atingiu R$ 63,8 bilhões, aumento de 22,6% na comparação trimestral, refletindo os maiores preços praticados e o crescimento de 5,5% do volume de vendas, principalmente de diesel e gasolina.

A receita com gás natural foi de R$ 7 bilhões (23,4% superior na base trimestral) devido à maior demanda do mercado não termelétrico e à atualização trimestral dos contratos de venda. “Em termos da composição da receita no mercado interno, o diesel e a gasolina continuaram sendo os principais produtos, respondendo juntos por 73% da receita nacional de vendas de derivados de petróleo no segundo trimestre de 2021”, apontou a companhia.

“Encerramos o segundo trimestre de 2021 com uma exposição cambial de R$ 167,8 bilhões comparado a R$ 198,6 bilhões no primeiro trimestre, destacando-se a menor exposição passiva em dólar”, apontou a estatal.

Os recursos gerados pelas atividades operacionais foram 41% superiores ao primeiro trimestre de 2021, alcançado R$ 56,6 bilhões. O fluxo de caixa livre foi de R$ 48,6 bilhões.

Investimentos e endividamento

No trimestre, os investimentos totalizaram US$ 2,4 bilhões, 23,6% acima na base anual.

Os investimentos no segmento de Exploração e Produção totalizaram US$ 1,9 bilhão, sendo aproximadamente 60% em crescimento. Os investimentos concentraram-se principalmente: no desenvolvimento da produção em águas ultra-profundas do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 0,9 bilhão); investimentos exploratórios no pré e pós-sal (US$ 0,2 bilhão) e desenvolvimento de novos projetos em águas profundas (US$ 0,1 bilhão).

A estatal informou que, no trimestre, liquidou diversos empréstimos e financiamentos, no valor de R$ 55,7 bilhões, destacando-se: o pré-pagamento de R$ 14 bilhões de empréstimos no mercado bancário nacional e internacional; a recompra de R$ 29 bilhões de títulos no mercado de capitais internacional, com o pagamento de ágio no valor de R$ 3,5 bilhões; e pré-pagamento total das linhas com agências de crédito à exportação, no montante de R$ 1,8 bilhão.

“Não obstante o foco em reduzir o endividamento, o elevado nível de geração de caixa permitiu à companhia aprovar a antecipação do pagamento de remuneração ao acionista referente ao exercício de 2021 no montante de R$ 31,6 bilhões (US$ 6 bilhões)”, destacou.

 

Fonte: Petrobras e Infomoney.

 

Voltar