Em comunicado, a mineradora afirmou que não houve vítimas e nem havia funcionários no local quando as duas torres desabaram. 

As cidades de Itabirito e Outro Preto, na Região Central de Minas Gerais, tiveram novas preocupações com barragens da Vale. Duas torres do sistema preparatório para obras das barragens Forquilhas I e II caíram na última sexta-feira, 12 de novembro. Segundo a empresa, não havia funcionários nas barragens no momento da queda.

As barragens estão atualmente em nível 2 de emergência e criaram temor nas comunidades, pois ficam no limite entre Itabirito e Ouro Preto. Segundo a Vale, as duas estruturas vão passar pelo processo de descaracterização e pertencem à Mina Fábrica.

A Vale informou que toda a área das barragens foi isolada, com a informação sendo compartilhada com os órgão competentes, como a Defesa Civil, que confirmou o recebimento do informe da mineradora. 

“A estrutura que cedeu não é para a segurança da barragem, mas sim para a segurança de quem trabalha na barragem”, explicou Daniel da Mota Neri, pesquisador da Unicamp e professor do Instituto Federal de Minas Gerais, no Campus Ouro Preto, em entrevista ao G1. 

De acordo com a mineradora, as duas torres não atingiram as barragens e não tiveram interferiram nas condições de segurança. A Defesa Civil segue acompanhando e monitorando o caso. 

Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), houve uma recente uma vistoria no local e disse que o incidente não teve vítimas.

“Servidores da Divisão de Segurança de Barragens de Mineração da ANM no estado de Minas Gerais vistoriaram o local na manhã de hoje, com o objetivo de verificar a segurança das barragens forquilhas I e II, as quais se encontram em nível de emergência”, disse a agência em nota.

Nível de emergência das barragens

Ainda segundo o comunicado da  Agência Nacional de Mineração, houve um relatório, que foi publicado em outubro deste ano, sobre a situação das barragens Forquilha I e Forquilha II. De acordo com o texto, as duas instalações estão em nível 2 de emergência, o que indica que os problemas delas “não estão controlados” e  “não extintos”. 

Nessa situação, as estruturas precisam de novas inspeções e intervenções. Sabendo desse nível de perigo, moradores que moram na próximas à região das barragens foram retirados de suas casas em 2020 como precaução.

“As estruturas da empresa passam por inspeções rotineiras de campo e são monitoradas permanentemente por uma série de instrumentos e pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG)”, diz a nota da Vale.

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