Investimento em Itatiaiuçu (MG) permitirá à empresa encerrar o ciclo de utilização de barragens com o empilhamento a seco dos rejeitos.

A Mineração Usiminas inaugurou, nesta quarta-feira (01/12), em Itatiaiuçu (MG), o Sistema de Disposição de Rejeitos Filtrados (Dry Stacking). A nova planta permitirá à empresa encerrar o ciclo de uso das barragens para a disposição dos rejeitos gerados no processo de beneficiamento do minério.

Com investimentos da ordem de R$ 235 milhões, a planta de filtragem é totalmente conectada ao processo de beneficiamento. O valor investido também engloba a preparação da área que irá receber os rejeitos, formando uma pilha de material seco, e o transporte do material entre os dois pontos. Foram gerados, durante o pico da obra, cerca de 600 postos de trabalho. Outros 120 profissionais atuarão diretamente na operação do sistema.

“O Dry Stacking é um investimento de extrema importância. Com a implantação desse processo damos um passo importante na Agenda ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) e reafirmamos o nosso compromisso com a segurança e a sustentabilidade das operações. Dessa forma, seguimos comprometidos com nossas metas ambientais e sociais, com avanços importantes nos legados que estão sendo construídos pela companhia”, declara o presidente da Usiminas, Sergio Leite.

Evento de inauguração do Dry Stacking – Foto: Guto Aeraphe / Divulgação Mineração Usiminas.

O diretor-presidente da Mineração Usiminas, Carlos Rezzonico, conta que o projeto Dry Stacking é resultado de um trabalho iniciado ainda em 2016, quando a empresa começou os estudos para alinhar as operações às novas tecnologias. “Buscamos padrões de excelência nacionais e internacionais, visando tornar nossos processos ainda mais seguros e sustentáveis. É muito gratificante entregar essa planta, cumprindo mais um compromisso da nossa companhia com a sociedade”, afirma Rezzonico.

Meio Ambiente

Além de contar com um processo de empilhamento a seco, o Dry Stacking permitirá ainda à empresa elevar o nível de recirculação da água, reduzindo a necessidade de captação em rios ou poços. “O Sistema de Disposição de Rejeitos Filtrados tem custos de implantação e de operação superiores aos das barragens de rejeitos convencionais. Porém, para a Mineração Usiminas, o mais importante são os ganhos ambientais, os padrões de segurança e o conforto dos colaboradores e das comunidades vizinhas”, ressalta o diretor-presidente da companhia. O projeto inclui ainda a revegetação da área onde será formada a pilha.

Agenda ESG

No ano de 2018, a Mineração Usiminas protocolou o pedido de licenciamento ambiental do Sistema de Disposição de Rejeitos Filtrados na Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) do Governo do Estado. O projeto contempla o cumprimento da pauta ESG estabelecida pela empresa, na qual uma das metas reforça justamente a migração da disposição de rejeitos do método convencional para a filtragem, acompanhada pela descaracterização das barragens construídas pelo método a montante, até o início de 2022.

Segundo a mineradora, em 2020 houve a conclusão da descaracterização da barragem Somisa, validada pelos órgãos de fiscalização em janeiro de 2021. “Para o início do próximo ano está prevista a descaracterização da Barragem Central. Já a barragem Samambaia, construída no método a jusante e ainda em operação, será desativada neste mês, como resultado da inauguração do Dry Stacking“, finalizou a companhia.

 

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