Bahia é o segundo maior produtor de gemas do país

Divulgação/ Lipari Mineração.

Estado é o maior produtor de diamantes e segundo colocado na produção de esmeraldas do país.

A beleza das gemas fascinam e encantam milhares de pessoas pelo mundo e o Brasil possui grande destaque neste setor. Atualmente o país é reconhecido como um dos mais importantes polos de gemas do planeta, ocupando a primeira posição entre os países latino-americanos na produção e comercialização desse bem mineral sob a forma bruta.

Já a Bahia, segundo dados de 2015 da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), mostram que o Estado detém a segunda maior reserva de gemas do país, ficando atrás apenas de Minas Gerais.

Ainda de acordo com a SDE, a Bahia é o primeiro produtor de diamantes em kimberlitos (extraído na rocha matriz), o segundo maior produtor de esmeralda e o principal produtor de quartzo rutilado do Brasil. Grande parte da produção do Estado é voltada especialmente para o mercado externo, tendo como principais setores de consumo a indústria de lapidação e a joalheria.

O diamante, por exemplo, uma das pedras mais cobiçadas para a fabricação de joias e também considerado o material mais duro do mundo é encontrado na cidade de Nordestina, e produzido pela empresa Lipari Mineração. A Mina Braúna é considerada a primeira mina de diamantes da América do Sul desenvolvida em depósito kimberlítico, rocha fonte primária de diamante.

A mina de diamantes entrou em produção comercial em julho de 2016 e até 31 de março de 2021 produziu 862.411 quilates de diamantes naturais, a partir do processamento de aproximadamente 4,1 Milhões de toneladas de kimberlito em um teor médio recuperado de diamante de 21,2 cpht (Carats Per Hundred Tons, ou seja, quilates por cem toneladas).

A Lipari Mineração é responsável por mais de 80% da produção nacional, em termos de volume, que seguem os trâmites do Sistema de Certificação Processo Kimberley (SCPK), certificação internacional que estabelece os requisitos para controlar a produção e o comércio internacional de diamantes brutos.

Para os próximos três anos, a SDE informa que a Lipari prevê novos investimentos na região. Estima-se que algo na ordem US$ 5,5 milhões seja destinado a estudos de viabilidade da mina subterrânea e pesquisa mineral em novas áreas.

Outro grande destaque na produção de gemas é a Cooperativa Mineral da Bahia (CMB). Situada na Serra de Carnaíba, em Pindobaçu, a cooperativa é responsável pela produção de esmeraldas, que assim como o diamante, é uma das gemas mais valiosas do mundo. Fundada em 2006, a Cooperativa possui uma Permissão Lavra Garimpeira (PLG). Os requerimentos minerários concentram-se em Pindobaçu, mas se estendem parcialmente pelos municípios de Saúde e Mirangaba.

De acordo com o presidente da CMB, Humberto Meneses, “o garimpo da Carnaíba não é importante apenas para as comunidades localizadas na cadeia de montanhas da área da lavra garimpeira. Sua importância ultrapassa os limites territoriais do município de Pindobaçu e movimenta a economia de outras cidades, a exemplo de Campo Formoso, que sobrevive direta ou indiretamente das esmeraldas retiradas do subsolo da Carnaíba, as quais são transformadas em joias”, destaca.

Segundo a CMB, cerca de 8 mil pessoas da região de Pindobaçu estão ligadas diretamente às atividades de mineração e mais de 2 mil pessoas trabalham diretamente na extração de pedras preciosas. Além disso, milhares de outras pessoas da região são beneficiadas indiretamente pela extração de esmeraldas.

Para o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, a riqueza mineral da Bahia é um dos motivos para que o Estado esteja a cada ano ganhando mais destaque no setor. “Possuímos uma diversidade mineral muito grande e de qualidade. A liderança na produção nacional de diamantes e a vice-liderança na produção de esmeraldas são exemplo dessa riqueza e que só tendem a melhorar nos próximos anos. A CBPM, por exemplo, concluiu no final do ano passado uma licitação de sucesso para a pesquisa e exploração de esmeraldas, também em Pindobaçu, e que provavelmente irá ampliar a produção do Estado”, ressalta.

 

Com Informações da Ascom/CBPM.

 

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