RHI Magnesita recicla cerca de 40% dos resíduos refratários do Brasil

Planta de Reciclagem de Resíduos Refratários da RHIM em Coronel Fabriciano (MG) - Foto: Divulgação.

Empresa captou 42 mil toneladas de resíduos refratários em 2021, 120% a mais na comparação com 2020.

A RHI Magnesita captou 42 mil toneladas de resíduos de refratários ao longo de 2021, um salto de 120% na comparação com 2020. O resultado equivale a 39,25% do volume de resíduos gerados no país anualmente e representa um recorde para a companhia.

A ampliação do processo de reciclagem é estratégica para a companhia. A meta global da RHI Magnesita é chegar a 2025 com 10% da produção sendo feita a partir da reciclagem.

“Nossa estratégia de reciclagem compreende três elementos-chave: estabelecimento de soluções on-site de reciclagem para refratários usados nas instalações dos clientes, instalação de unidades de reciclagem em nossos próprios locais de produção e desenvolvimento de receitas que incluem conteúdo reciclado em uma ampla variedade de produtos”, explica Mario Lopez, Head de Reciclados da RHI Magnesita para as Américas.

Até então, o melhor resultado da RHI Magnesita havia sido conquistado em 2020, com a captação de 19 mil toneladas. Em 2021, com as 42 mil toneladas reutilizadas, a empresa torna-se responsável pelo reaproveitamento de cerca de 40% das 107 mil toneladas de resíduos de refratários produzidos no Brasil a cada ano. “Os investimentos constantes em processos de reciclagem são fundamentais para garantirmos uma longevidade sustentável para a empresa”, afirma Lopez.

Destaques

  • 42 mil toneladas de resíduos refratários recolhidos em 2021, volume 120% maior do que em 2020 e que representa 40% do total gerado no Brasil anualmente;
  • O Brasil produz 107 mil toneladas de resíduos refratários por ano;
  • O volume economizado na emissão de gases do efeito estufa (GEE) equivale à circulação de 10 mil veículos ou ao consumo de eletricidade de 8,5 mil residências em um ano;
  • Foram R$ 5 milhões investidos desde 2019 nessa área;

Outro indicador importante é a Taxa de Reciclagem (RR), calculada a partir da proporção do consumo de insumos reciclados e de matéria-prima natural. No quarto trimestre de 2021, a RHI Magnesita chegou a uma RR de 9%, melhor índice já registrado. A meta para o final de 2022 é alcançar 11%.

Desde 2019, R$ 5 milhões foram destinados para soluções nessa área.

Emissões

A RHI Magnesita deixou de lançar 47 mil toneladas de CO² na atmosfera a partir do reaproveitamento de resíduos. O volume economizado equivale à emissão gerada pela circulação de 10.022 veículos leves durante um ano ou ao consumo anual de energia elétrica de 8.537 residências, algo como uma cidade de 20 mil habitantes.

Ao reforçar a política de reciclagem, a companhia diminui a necessidade de extração e queima de minérios, atividades que têm uma pegada de carbono mais acentuada.

Inovação

A RHI Magnesita mantém em Coronel Fabriciano (MG) uma unidade dedicada à reciclagem de refratários. Em 2021, um projeto implantado nessa fábrica foi reconhecido como um dos melhores do país em melhoria contínua. A inciativa conseguiu aumentar em 114% a produtividade dos colaboradores que atuam na avaliação e seleção dos resíduos captados.

O projetou deu mais eficiência às atividades ao implantar melhorias na ergonomia do processo de seleção, na qualidade do material comprado, na formação de clusters no estoque, no incremento de capacidade de processos e na sincronia da cadeia.

“Começamos esses estudos no final de 2019, esforço que reuniu uma equipe multidisciplinar. A estratégia foi a implantação de Lean Manufacturing por meio de ferramentas de mapeamento de processos, análise de causas e ferramentas estatísticas, com avaliação de aspectos de segurança e logística para chegar a esse resultado”, explica Fernanda Silveira, gerente de operações para reciclados da RHI Magnesita e coordenadora do projeto.

A RHI Magnesita recebe os recicláveis de clientes como siderúrgicas e cimenteiras, que usam refratários nas linhas de produção. As peças são substituídas periodicamente, o que gera os resíduos. Os volumes captados passam por etapas de seleção, limpeza e britagem para serem reutilizados como matéria-prima.

A companhia também atua internamente para dar a melhor destinação aos resíduos gerados nas operações próprias, caso da recuperação dos tijolos refratários dos fornos de Brumado (BA) e da planta chilena, bem como da recuperação de coprodutos e resíduos da unidade de Ponte Alta (MG).

Geração de resíduos

De acordo com estudos realizados pela RHI Magnesita, o Brasil produz cerca de 107 mil toneladas de resíduos refratários anualmente. Desse total, 89 mil toneladas são provenientes da indústria do aço, sendo que Minas Gerais é líder na geração desses resíduos, representando 70% da geração no Sudeste.

Economia circular

A economia circular se consolida cada vez mais entre as indústrias brasileiras. De acordo com dados de 2019 da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 76,5% das indústrias desenvolvem em suas operações alguma prática de economia circular, ampliando a vida útil de produtos e materiais a partir da otimização dos recursos naturais, valendo-se de iniciativas de reuso, reciclagem e logística reversa.

 

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