Siderúrgica produziu 2,8 milhões de toneladas de aços em 2021. O grande marco foi o percentual de placas HTS (alta-tecnologia), chegando à média anual de 24,4%.

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), localizada em São Gonçalo do Amarante (CE), alcançou resultados recordes na produção de aços de alta tecnologia (HTS) em 2021. Na média do ano passado, os aços de alta tecnologia representaram 24,4% da produção de 2,8 milhões de toneladas. A linha de produtos premium chegou a 42% de participação da produção de novembro, o recorde mensal.

Segundo a siderúrgica, outro resultado inédito de qualidade conquistado em 2021 foi a performance a nível de Seis Sigma das placas CSP. Essa classificação internacional de qualidade é utilizada quando os fornecedores promovem perdas em seus clientes abaixo de 3,4 ppm (partes por milhão).

Em 2021, a empresa teve performance de eficiência superior a 99,9%, reduzindo o índice de sucata/downgrade de seus clientes na produção de aço para 1,5 ppm. “Esse resultado atesta a excelência da siderúrgica e a qualifica como uma fornecedora de alto padrão”, diz a companhia.

“Nós conseguimos aumentar o percentual de aços de alta tecnologia com um excelente índice de qualidade. Desde 2018, a CSP já era um fornecedor típico de classe mundial. Mas fechamos 2021 com a performance máxima, de Seis Sigma. Isso, em geral, é a classificação necessária para atender a indústria aeronáutica, que exige muito mais qualidade, onde o índice de falha tem que ser menor ainda”, explica o gerente geral de Metalurgia e Qualidade na CSP, Alex Nascimento.

Indústria do petróleo e automotiva

A CSP já produziu 144 tipos de aços de alta tecnologia nos últimos cinco anos, atendendo a mais de 30 clientes dos mercados europeu, brasileiro, americano, canadense e mexicano.

“Já chegamos à marca de mais de 200 mil toneladas de aços de alta performance fornecidos para a indústria do petróleo e mais de 300 mil toneladas para o mercado automotivo. Tudo isso demonstra a capacidade da CSP. Cada empregado tem que sentir muito orgulho dessa conquista. Cada um participa com a sua contribuição em seu posto de trabalho para que a gente atinja esses números, conquistando cada vez mais respeito e credibilidade dos nossos clientes”, ressalta Alex Nascimento.

Aplicabilidade diversa

Os aços de alta tecnologia se diferenciam das placas de aço comerciais por serem destinadas a aplicações que requerem maior variedade de elementos químicos na composição e por exigirem extrema limpidez.

As tubulações para a passagem de petróleo ou gás, por exemplo, demandam aços com 16 elementos químicos. Para torres eólicas, motores, equipamentos de linha amarela (maquinários pesados) e construção de pontes, a resistência mecânica abrasiva é essencial.

Para o contato com o petróleo, o aço deve estar apto a ambientes corrosivos e de temperaturas agressivas. Em automóveis, esses aços HTS são aplicados a peças de segurança, estruturais e na barra de direção, por exemplo. Para a composição externa do veículo, o aço deve ter conformação mecânica, possibilitando as curvas e o complexo design.

Percentual, ano após ano, de produção de HTS, em relação à produção total da CSP. Em 2020, ocorreu uma queda de demanda impactada pela pandemia da Covid-19 e as produções ficaram limitadas a aços comuns entre Março e Junho/2020.

Esse produto premium melhora as margens e a rentabilidade do mix de vendas em plantas siderúrgicas com essa capacidade de produção. Alex Nascimento relata que a usina esteve sempre focada nesse resultado. “A CSP tem uma instalação que é totalmente alinhada e projetada para o desenvolvimento desses aços de alta tecnologia. É uma planta extremamente moderna em termos de equipamentos e com empregados qualificados. Mas tudo isso precisa que órgãos externos atestem essa capacidade. Constantemente, recebemos agências certificadoras, visitas de clientes e os mais diversos tipos de auditorias, quando mostramos nosso gerenciamento e capacidade de produzir esses aços”, detalha o gerente geral de Metalurgia e Qualidade.

 

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