Produção de aço bruto da siderúrgica alcançou 13,3 milhões de toneladas em 2021, alta de 11% em relação ao ano anterior.

A Gerdau divulgou, nesta quarta-feira (23/02) os resultados financeiros de 2021. A companhia concluiu o exercício anual com recorde de Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), ao somar R$ 23,16 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 29,6%. Já o lucro líquido de 2021 somou R$ 15,55 bilhões, crescimento de 553%, recorde anual histórico. A receita líquida totalizou R$ 78,3 bilhões no ano passado, alta de 79% em relação a 2020, enquanto as vendas físicas de aço alcançaram 12,7 milhões de toneladas, crescimento de 11%.

O lucro líquido da Gerdau somou R$ 3,56 bilhões no 4T21, alta de 241% frente ao 4T20, também um recorde histórico para o período. Por sua vez, a receita líquida da companhia alcançou R$ 21,55 bilhões entre outubro e dezembro, um aumento de 58% sobre o 4T20, com as vendas físicas de aço totalizando 3,16 milhões de toneladas, queda de 2%.

A siderúrgica encerrou o quarto trimestre de 2021 (4T21) com Ebitda ajustado de R$ 6 bilhões, recorde para o período entre outubro e dezembro, e com margem Ebitda ajustada de 27,7%.

Segundo a empresa, o resultado reflete níveis elevados de demanda por aço em todos os mercados onde a companhia atua, principalmente dos setores da construção e industrial na América do Norte e no Brasil.

“A Gerdau registrou, em 2021, o melhor resultado de sua história centenária, refletindo a capacidade da empresa de se inovar e de seguir atendendo integralmente aos mercados em que está presente, com respostas rápidas e soluções adequadas às necessidades de seus clientes”, afirma Gustavo Werneck, diretor-presidente (CEO) da Gerdau.

“O nível de endividamento da Gerdau, medido via alavancagem financeira, alcançou, mais uma vez, seu menor nível histórico com a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado reduzindo de 1,25x para 0,30x em dezembro de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em função do forte Ebitda ajustado registrado no período. Ressalto também os dividendos recordes no acumulado de 2021, confirmando nosso empenho em gerar cada vez mais valor para os nossos investidores”, diz Rafael Japur, CFO da Gerdau.

Produção de aço

A Gerdau informou que sua produção de aço bruto no quarto trimestre recuou 3%, para 3,28 milhões de toneladas. No acumulado do ano, a companhia produziu 13,3 milhões de toneladas, uma alta de 9%.

Já as vendas, segundo a companhia, somaram 3,16 milhões de toneladas, uma queda de 2%. No ano, as vendas avançaram 11%, para 12,72 milhões de toneladas.

Investimentos R$ 4,5 bilhões em 2022

Ao longo do quarto trimestre de 2021, a Gerdau investiu R$ 1,2 bilhão sendo R$ 961 milhões em manutenção e R$ 255 milhões em iniciativas de expansão e atualização tecnológica. Ao longo do ano, foram realizados desembolsos que totalizaram R$ 3 bilhões.

Para 2022, o novo plano de investimentos da Companhia está estimado no valor de R$ 4,5 bilhões. Deste total, os investimentos em melhorias de práticas ambientais superam R$ 800 milhões, um valor 33% maior que o desembolso em 2021. Estes investimentos contemplam expansão de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, incrementos tecnológicos que resultam em eficiência energética e redução de emissões de gases de efeito estufa.

Pagamento de dividendos

A Gerdau S.A. e a Metalúrgica Gerdau S.A. pagarão dividendos, respectivamente, nos dias 16 e 17 de março de 2022. Na Gerdau S.A. serão pagos R$ 341,1 milhões (R$ 0,20 por ação) sobre a posição de ações detidas em 07 de março de 2022. Na Metalúrgica Gerdau S.A. serão pagos R$ 108,1 milhões (R$ 0,10 por ação) sobre a posição de ações detidas em 07 de março de 2022.

No acumulado do ano, foram destinados R$ 5,4 bilhões para os acionistas da Gerdau S.A. (R$ 3,14 por ação) e R$ 2,5 bilhões para os acionistas da Metalúrgica Gerdau S.A. (R$ 2,34 por ação).

Sustentabilidade

A Gerdau assumiu, no início de fevereiro, o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 de seu inventário, para um valor inferior a 50% da média global da indústria do aço.

De acordo com a Gerdau, atualmente, a empresa possui uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO₂e), de 0,93 t de CO₂e por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,89 t de CO₂e por tonelada de aço, segundo os dados de 2020 divulgados pela World Steel Association (worldsteel). Em 2031, as emissões de carbono da Gerdau vão diminuir para 0,83 t de CO₂e por tonelada de aço.

Para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos próximos dez anos, a Gerdau ampliará o uso de sucata ferrosa como matéria-prima para a produção de aço, expandirá sua área florestal em Minas Gerais, responsável pela produção do carvão vegetal, que funciona como biorredutor na fabricação do ferro-gusa, e crescerá no uso de energia renovável, como os parques solares já anunciados no Brasil e nos Estados Unidos. A empresa também investirá em iniciativas de maior eficiência energética e operacional de suas unidades, em novas tecnologias e inovação aberta.

A Gerdau também anunciou que tem como ambição buscar a neutralidade de carbono em 2050. A empresa ressalta que a neutralidade em carbono demanda tecnologias maduras, ainda inexistentes em escala industrial, e políticas públicas que possibilitem que a indústria global do aço neutralize as suas emissões de carbono.

 

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