Em fevereiro, as vendas internas recuaram 19,5% em relação ao mesmo mês de 2021, mas em relação a janeiro de 2022, houve crescimento de 8,5%.

Dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IAB), na última sexta-feira (18/03), mostraram que a produção brasileira de aço bruto foi de 5,6 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a fevereiro de 2022, o que representa uma queda de 5,8% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 3,8 milhões de toneladas, redução de 10,2% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2021. A produção de semiacabados para vendas totalizou 1,4 milhão de toneladas de janeiro a fevereiro de 2022, um acréscimo de 19,2% na mesma base de comparação.

As vendas internas foram de 2,9 milhões de toneladas de janeiro a fevereiro de 2022, o que representa uma retração de 23,8% quando comparada com o apurado em igual período do ano anterior.

Segundo o IAB, o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 3,5 milhões de toneladas no acumulado até fevereiro de 2022. Este resultado representa uma queda de 19,7% frente ao registrado no mesmo período de 2021.

As importações alcançaram 593 mil toneladas no acumulado até fevereiro de 2022, uma redução de 10,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 796 milhões e avançaram 35,6% no mesmo período de comparação.

As exportações de janeiro a fevereiro de 2022 atingiram 2,2 milhões de toneladas, ou US$ 1,8 bilhão. Esses valores representam, respectivamente, aumento de 68,2% e 115,1% na comparação com o mesmo período de 2021.

Dados de fevereiro de 2022

Em fevereiro de 2022 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas, uma queda de 6,9% frente ao apurado no mesmo mês de 2021. Já a produção de laminados foi de 1,8 milhão de toneladas, 11,7% inferior à registrada em fevereiro de 2021. A produção de semiacabados para vendas foi de 611 mil toneladas, um aumento de 9,5% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2021.

As vendas internas recuaram 19,5% frente ao apurado em fevereiro de 2021 e atingiram 1,5 milhão de toneladas, mas em relação ao verificado em janeiro de 2022, cresceram 8,5%. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,8 milhão de toneladas, 15,3% inferior ao apurado no mesmo período de 2021 e 6,4% acima do verificado em janeiro de 2022.

Segundo o IAB, esses dados, assim como no mês anterior, consolidam a interrupção das quedas nas vendas ao mercado interno. As quedas desde julho do ano passado vinham ocorrendo devido ao processo de estocagem que ocorreu nos setores consumidores ao longo de todo o ano de 2020 e grande parte de 2021.

As exportações de fevereiro foram de 964 mil de toneladas, ou US$ 762 milhões, o que resultou em aumento de 26,3% e 46,3%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2021.

As importações de fevereiro de 2022 foram de 297 mil toneladas e US$ 389 milhões, uma queda de 11,3% em quantum e aumento de 31,1% em valor na comparação com o registrado em fevereiro de 2021.

Para Débora Oliveira, diretora de Comunicação e Relações Institucionais do Aço Brasil, “devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, a indústria, não só no Brasil como no mundo inteiro, vem sendo pressionada pela alta de custos de matérias-primas e insumos energéticos. Economicamente, a guerra vem afetando toda logística global, aumentando o preço do frete marítimo, e causando efeitos negativos em toda a cadeia de suprimentos. No caso da indústria do aço, matérias-primas específicas como carvão mineral, gás natural e níquel vem sofrendo expressiva elevação de preço”.

 

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