Hochschild recebe licença de instalação para mina de ouro em Goiás

Governador Ronaldo Caiado entrega a Licença de Instalação (LI) ao Presidente do Conselho da Hochschild Mining, Eduardo Hochschild - Foto: Divulgação.

Empresa peruana inicia a construção do projeto Mara Rosa, que pertencia à antiga Amarillo Gold, com investimento de R$ 900 milhões.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, entregou aos executivos da Hochschild Mining a Licença de Instalação (LI) que autoriza a empresa a iniciar as obras com vistas à sua operação futura de uma mina de ouro no estado de Goiás. A entrega aconteceu de surpresa durante o evento, no último dia 28, de lançamento da pedra fundamental, em terreno onde funcionará a mina, na cidade de Mara Rosa (GO).

Recém-adquirido pela Hochschild, empresa de origem peruana com ações listadas na bolsa de valores de Londres, o projeto Mara Rosa, que pertencia à antiga Amarillo Gold, será uma operação de mineração a céu aberto (open pit), que segue em estágio avançado de desenvolvimento com previsão de produção comercial em dois anos.

Ronaldo Caiado, ao saudar a empresa após a entrega da LI aos executivos da Hochschild, afirmou que “com o início da produção comercial, todo o Estado de Goiás será beneficiado com a geração de impostos e fomento à economia. Eu tenho certeza de que este projeto terá um alto padrão de excelência, pelo nome que a Hochschild tem”.

“Vocês terão total parceria com o Governo do Estado de Goiás para facilitar que cheguem na meta de produção, trazendo desenvolvimento à essa região no norte do estado”, garantiu o Governador.

Além da presença do governador, estiveram presentes o embaixador do Peru no Brasil, Romulo Acurio, o secretário de Indústria e Comércio de Goiás, Joel Santana, e a Secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, os prefeitos de Mara Rosa, Flávio Moura, e de cidades vizinhas, Senador Luiz do Carmo, deputados federais e estaduais, autoridades do setor de mineração, representantes de várias entidades do setor, executivos peruanos e locais, fornecedores e funcionários da empresa.

Vindo diretamente do Peru para o evento, o presidente do Conselho de Administração, Eduardo Hochschild, afirmou que sua empresa tem orgulho de participar do desenvolvimento mineral do Brasil, um país com um vasto histórico de trabalho e inovação em mineração. “Na Hochschild Mining, temos o compromisso de fazer do projeto Mara Rosa um modelo para outras companhias, sempre com responsabilidade e compromisso social. Estamos felizes por estar no Brasil e confiamos que este será o primeiro de grandes anúncios que faremos nos próximos anos”, falou o executivo.

Com investimento total previsto em aproximadamente R$ 900 milhões, o projeto Mara Rosa pretende levar desenvolvimento à região, com a geração de empregos, renda e fomento à economia local. Na fase de obras, a expectativa é para a criação de 1.350 empregos diretos, e outros 810 na etapa seguinte, de operação.

“Contaremos com as empresas e trabalhadores de Mara Rosa e cidades próximas, pois queremos que todos cresçam conosco. Daremos aos jovens a oportunidade de seu primeiro emprego, capacitaremos os funcionários para assumir novas funções e incentivaremos todos aqueles que queiram participar do nosso projeto, independentemente de sexo, idade, origem ou condição física”, afirmou Ignácio Bustamante, CEO da Hochschild Mining.

Por sua vez, o country manager da Hochschild no Brasil, Edson Del Moro informou que este será um passo importante, também, em relação à sustentabilidade e proteção ambiental, como o primeiro projeto greenfield da região já iniciado sem uma barragem de rejeitos. “Por meio de um sistema de filtragem e empilhamento a seco de resíduos, eliminamos os riscos de uma barragem, ao mesmo tempo em que reaproveitamos 85% da água, que retorna ao processo produtivo em um circuito fechado, garantindo mais segurança e proteção à comunidade e ao meio ambiente”, explicou Del Moro em seu discurso durante o evento.

Com uma vida útil estimada inicialmente em 10 anos, e grande potencial de expansão, o empreendimento deve produzir 102 mil onças de ouro nos quatro primeiros anos de operação, e 80 mil nos anos subsequentes.

 

Voltar