A receita líquida da CSN somou R$ 11,7 bilhões, baixa de 1,2% em relação ao 1T21 e 13,6% superior ao 4T21.
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou, na noite desta quarta-feira (04/05), o balanço financeiro do grupo referente ao primeiro trimestre de 2022 (1T22). O lucro líquido reportado foi de R$ 1,36 bilhão, queda de 76% na comparação com o mesmo período do ano passado (1T21), quando apurou R$ 5,697 bilhões, e 29% superior ao quarto trimestre de 2021 (1,061 bilhão). A receita líquida no trimestre somou R$ 11,7 bilhões, baixa de 1,2%, na comparação com 1T21. No entanto, houve uma alta de 13,6% na comparação com o trimestre anterior (4T21).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mede o resultado operacional, foi de R$ 4,71 bilhões, queda de 19% em relação ao 1T21. A margem Ebitda ajustada ficou em 39,1%, ou 4,2 pontos percentuais acima da registada no 4T21.
“Esse aumento de rentabilidade é consequência direta do forte desempenho alcançado no segmento de mineração com a apreciação do minério de ferro durante o período, que acabou por compensar o maior volume de chuvas e os custos elevados de algumas matérias-primas, como o carvão e o coque”, diz a CSN.
Segundo a companhia, a recuperação contínua no volume de vendas mais do que compensou a pequena redução de preços observada no período, resultando em um crescimento trimestral de 3,1% na receita da siderurgia. As vendas totais atingiram 1,157 milhões de toneladas no 1T22, um crescimento de 13% contra o 4T21, com forte desempenho do mercado externo.
“O segmento de cimentos foi impactado, neste trimestre, pelo maior volume de chuvas e por pressões temporárias nos custos de produção. Como consequência, houve retração de 11% no volume de vendas quando comparado com o 4T21. Na comparação anual, as vendas totais foram 17,5% superiores como consequência da incorporação da Elizabeth Cimentos”, ressaltou a companhia.
Já o fluxo de caixa ficou negativo em R$ 2,5 bilhões. “O número foi impactado principalmente por variações pontuais no capital de giro e desembolsos maiores com IR/CS devido ao ajuste anual nos segmentos de mineração e siderurgia, como reflexo do forte resultado obtido no ano de 2021”, explica a CSN.
A dívida líquida chegou a R$ 18,6 bilhões com uma alavancagem de dívida líquida sobre Ebitda em 0,89 vez, abaixo do teto de 1 vez, estabelecido pela companhia.
Investimentos
Ainda segundo o grupo, foram investidos um total de R$ 701 milhões no 1T22, um patamar 27,3% inferior aos R$ 965 milhões investidos no 4T21, como reflexo da sazonalidade do período. Entre os principais investimentos realizados, destacam-se o avanço nos projetos de expansão da mineração, com os projetos de filtragem de rejeito e de expansão do porto, além de reparos nas operações de siderurgia e nas baterias de coque da UPV.