Lucro teve queda de 43% na comparação com o segundo trimestre e 66% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Usiminas apresentou, nesta sexta-feira (28/10), os resultados financeiros do terceiro trimestre do ano (3T22). O lucro líquido registrado foi de R$ 609 milhões, queda de 43% na comparação com o 2T22 (R$ 1,06 bilhão) e 66% em relação ao 3T21 (R$ 1,8 bilhão).

A receita líquida do 3T22 alcançou R$ 8,43 bilhões, queda de 1,1% comparado ao 2T22 (R$ 8,53 bilhões) e de 6,6% em relação ao 3T21 (R$ 9,02 bilhões), com principal variação na Unidade de Mineração.

Só neste seguimento, a receita líquida totalizou R$ 833 milhões no 3T22, queda de 28,2% em relação ao 2T22 (R$ 1,2 bilhão), impactado por “menores preços internacionais de minério (redução de 25% no preço médio de referência em US$ do minério com 62% Fe), menor volume de vendas no trimestre e pela maior proporção de vendas sem frete marítimo”.

No período, a companhia registrou um Ebitda Ajustado Consolidado de R$ 835,6 milhões, contra R$ 1,92 bilhão do 2T22 e R$ 2,88 bilhões no 3T21. A Margem Ebitda Ajustado Consolidado ficou em 10%, frente aos 23% do 2T22 e 32% do 3T21.

Já os investimentos realizados durante o 3T22 foram de R$ 604 milhões. O Capex no período foi cerca de 41% superior ao registrado no trimestre anterior, quando foram investidos R$ 428 milhões.

O presidente da Usiminas, Alberto Ono, destaca que o maior volume de investimentos (87%) foi direcionado à Unidade de Siderurgia, seguido da Mineração (10%). “Estamos em plena atividade na Usina de Ipatinga para a realização da reforma do Alto-Forno 3, onde devem ser investidos R$ 2,7 bilhões. A reforma, no pico das obras, vai gerar cerca de 8 mil empregos e deixará a empresa ainda mais fortalecida e preparada.” As intervenções no equipamento devem ser concluídas em agosto do ano que vem.

Ainda no terceiro trimestre do ano, o resultado financeiro da companhia foi de R$ 171 milhões positivos, frente a um resultado de R$ 248 milhões negativos nos três meses anteriores (2T22), devido a perdas cambiais líquidas.

O Caixa e o Equivalente de Caixa consolidado, em 30 de setembro, ficou em R$ 5,1 bilhões, contra R$ 5,6 bilhões em 30 em junho, principalmente em razão do aumento do capital de giro e pelo Capex do período, efeitos parcialmente compensados pela geração de Ebitda do terceiro trimestre. Já a dívida bruta consolidada fechou setembro em R$ 6,1 bilhões, em linha com o trimestre anterior.

Unidades de Negócio

Com relação à produção de aço bruto, a Usina de Ipatinga teve uma produção de 660 mil toneladas no 3T22, seguindo os mesmos níveis do trimestre anterior. A produção de laminados nas usinas de Ipatinga e Cubatão, no período, também manteve volumes similares aos registrados no 2T22, de cerca de 1 milhão de toneladas.

Já o volume de vendas totais no 3T22, de cerca de 1 milhão de toneladas, ficou alinhado com o limite superior à projeção fornecida pela companhia para o período (3T22). Por mercado, as vendas internas no terceiro trimestre atingiram 938 mil toneladas e as exportações, cerca de 109 mil toneladas.

Na Unidade de Mineração o volume de produção cresceu em relação ao trimestre anterior e atingiu 2,5 milhões de toneladas de minério de ferro (2,3 mi no 2T22), principalmente pela melhor performance operacional das plantas.

Na unidade de Transformação do Aço, a Soluções Usiminas registrou aumento na receita líquida no terceiro trimestre em função dos maiores volumes e preços, totalizando R$ 2,6 bilhões, contra R$ 2,4 bilhões no 2T22.

 

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