Planta de Minas Gerais é a primeira da Alcoa no Brasil e a terceira no mundo a implantar a tecnologia de filtragem dos resíduos de bauxita.

A Alcoa, produtora de bauxita, alumina e alumínio, inaugurou oficialmente, na última sexta-feira (18/11), o projeto Filtro Prensa na unidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais. Para a empresa é o início de uma nova era de inovação, tecnologia e sustentabilidade da unidade, mudando o sistema de disposição de resíduo de líquido para seco.

A obra de implantação do projeto Filtro Prensa durou cerca de 15 meses e gerou, no pico, mais de 500 empregos indiretos. Outros 20 profissionais foram contratados para trabalhar diretamente na operação do Filtro Prensa. A empresa investiu cerca de R$ 330 milhões na nova planta de filtragem.

“O projeto garante a continuidade das nossas operações, atende às exigências da companhia em relação à disposição de resíduos e à Legislação Estadual de Segurança de Barragens, e nos permite continuar avançando de forma sustentável”, destaca Fabio Martins, diretor de Operações da Alcoa Poços de Caldas.

O diretor explica também que Poços de Caldas é a primeira planta da Alcoa no Brasil e a terceira no mundo a implantar esta tecnologia – as duas primeiras são na Austrália. “O Filtro Prensa é fruto de mais de sete anos de estudos e marca uma nova fase da nossa unidade”, afirma. “Com o apoio dos nossos colegas australianos e o comprometimento do nosso time, o projeto foi implantado com sucesso. Foram mais de 800 mil horas trabalhadas sem incidentes com afastamento, cumprimos o prazo e custos predefinidos e, desde 24 de agosto, 100% da lama da refinaria está sendo processada no Filtro Prensa, gerando o resíduo seco”.

Filtro Prensa

A planta de filtragem é formada por três filtros. O resíduo líquido bombeado para o filtro é compactado por meio de placas filtrantes, que retiram 70% da umidade, retornando a água retirada para o processo produtivo, por meio de circuito fechado.

“O resíduo gerado, com 30% de umidade – semelhante à do solo – é transportado por caminhões para uma nova área de disposição à seco, onde será compactado”, explica Rodrigo Giannotti, Gerente da Refinaria e ARBs (Áreas de Resíduos de Bauxita). “Além da inovação no processo, a instalação da planta de filtração irá reduzir a emissão de carbono, devido à menor utilização de área de disposição, menor acúmulo de água e, consequentemente, menor consumo de energia no processo”.

Com a entrada em operação do filtro prensa, as áreas de disposição de resíduos líquidos, que ainda estavam em operação, serão reabilitadas. “Elas continuarão a ser monitoradas de forma perene, visando a manutenção da segurança e estabilidade das áreas”, completa Fabio Martins.

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