Nomeação foi publicada em edição extra do DOU publicada neste domingo (1º), logo após a posse de Lula como presidente da República.

O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) assumiu oficialmente o cargo de ministro de Minas e Energia neste domingo, 1º de janeiro, como um dos atos ocorridos durante a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em seu terceiro mandato como presidente da República. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, no início da noite, logo após a assinatura dos termos de posse no Palácio do Planalto.

Ele está à frente da pasta que atua sobre um tema amplamente abordado nos discursos que foram feitos ao longo da cerimônia ocorrida em Brasília (DF).

Lula foi o primeiro a citar a importância da transição energética e das fontes renováveis no processo de combate às mudanças climáticas. “Vamos iniciar a transição energética e ecológica para uma agropecuária e uma mineração sustentáveis, uma agricultura familiar mais forte, uma indústria mais verde”, discursou presidente.

Em outros dois momentos de seu primeiro discurso disse: “Somos responsáveis pela maior parte da Amazônia e por vastos biomas, grandes aquíferos, jazidas de minérios, petróleo e fontes de energia limpa. Com soberania e responsabilidade seremos respeitados para compartilhar essa grandeza com a humanidade – solidariamente, jamais com subordinação”.

E ainda, “Nossa meta é alcançar desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica, além de estimular o reaproveitamento de pastagens degradadas”.

Na tarde do domingo foi publicada edição extra com os decretos datados de 31 de dezembro de 2022, contendo a exoneração dos ministros que terminaram o governo que se encerrou, entre eles, Adolfo Sachsida, agora ex-ministro. Assinados pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão, uma vez que Jair Bolsonaro viajou aos Estados Unidos.

O ministro

Alexandre Silveira de Oliveira nasceu em Belo Horizonte (MG) em 15 de julho de 1970 e é o segundo dos cinco filhos de Adilson de Oliveira e de Maria da Conceição Aparecida Silveira. Técnico em contabilidade e advogado, também exerceu as funções de delegado da Polícia Civil e comerciante.

Começou sua carreira política em 2002 ao concorrer, pelo Partido Liberal (PL), a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de Minas Gerais. Naquele pleito acabou se elegendo apenas como suplente.

Em 2003, Silveira foi convidado pelo então vice-presidente José Alencar a ocupar o cargo de coordenador-geral de Infraestrutura Terrestre do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

No ano seguinte foi nomeado por Lula a diretor-geral do DNIT, onde permaneceu até 2006. Chefiou obras como: o Anel Rodoviário de Ipatinga e projetos de modernização de trechos da BR, dentre eles o da BR-381 entre Belo Horizonte e Ipatinga e da BR-262 no acesso a São Domingos do Prata.

Em 2006, já filiado ao antigo Partido Popular Socialista (PPS), Alexandre Silveira se elegeu deputado federal por Minas Gerais e nas eleições de 2010 foi reeleito.

Em 2011, Silveira e outros políticos fundaram o Partido Social Democrático (PSD). Ele foi presidente da sigla no estado mineiro de 2014 a 2015.

Nas eleições de 2014, o parlamentar foi convidado a ser o primeiro suplente no Senado, do ex-governador Antônio Anastasia, que foi eleito como senador por Minas Gerais.

Como Anastasia renunciou ao cargo de senador para tomar posse como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Silveira foi empossado no Senado em fevereiro de 2022. No pleito de outubro, o senador concorreu a um novo mandato ao Senado de Minas pelo PSD, com apoio à campanha do presidente eleito Lula, mas não foi conseguiu se eleger.

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