Com menor cotação em relação ao ano anterior, minério de ferro viu suas exportações em dólar caírem de US$ 44,6 bi em 2021 para US$ 28,9 bi em 2022.

De acordo com os dados divulgados pelo Ibram, nesta terça-feira (07), em 2022, o saldo da balança comercial brasileira observou estabilidade de 2021 para 2022, variando apenas 0,88%. Este resultado entre exportações menos importações teria sido mais significativo se o saldo do setor mineral não tivesse recrudescido 37,6% em dólar, em 2022, na comparação com 2021. Isso aconteceu porque as exportações de minérios caíram 28% e as importações cresceram 25,4%, em dólar.

Com menor fluxo de exportações no ano passado, o setor viu decair a contribuição do saldo mineral para manter o saldo positivo da balança comercial. Em 2021, o saldo mineral era equivalente a 80% do saldo da balança total, mas em 2022 foi equivalente a 49%, ou quase 40% a menos. Em 2023, segundo o Ibram, as perspectivas do setor mineral indicam estabilidade em relação aos resultados de 2022.

Em volume, as exportações de minérios baixaram quase 4% – de 372 milhões de toneladas em 2021 para 358,2 milhões de toneladas em 2022.

O minério de ferro foi responsável por 69,3% das exportações em dólar, ouro, cobre e nióbio foram responsáveis por 11,8%, 6,6% e 4,9%, respectivamente. As exportações de minério de ferro tiveram queda de 35%, em dólar, em 2022: de US$ 44,6 bilhões e 357,7 milhões de toneladas em 2021 para US$ 28,9 bilhões e 344,1 milhões de toneladas em 2022.

Exportações das demais commodities minerais:

  • Ouro – queda de 7,3% em dólar e em toneladas. Os países que mais compraram ouro do Brasil em 2022 são Canadá (35%); Índia (16%); Suíça (15%); e Reino Unido (15%).
  • Bauxita – queda de 8% em dólar e 20,3% em toneladas.
  • Cobre – queda de 19% em dólar e 11,7% em toneladas.
  • Manganês – queda de 25% em dólar e 35% em toneladas.
  • Nióbio – queda de 1% em dólar e de 10,3% em toneladas.
  • Pedras e revestimentos – queda de 4% em dólar e 12,8% em toneladas.

Apenas o caulim observou elevação: 28,2% em dólar e 19,8% em toneladas.

Importações

Mesmo importando menos toneladas de minérios, o Brasil gastou mais em dólar com as compras externas. As importações de minérios cresceram 25,4% em dólar (US$ 11,2 bilhões) em 2022, mas caíram 52,4% em toneladas (21,2 milhões de toneladas). O potássio foi responsável pela maior parcela das importações minerais (53%), seguido pelo carvão (33%).

Importações das commodities minerais:

  • Potássio – alta da importação de 110% em dólar e queda de 8% em toneladas;
  • Carvão – alta de 100% em dólar e queda de 16,3% em toneladas;
  • Enxofre – alta de 50,2% em dólar e queda de 17% em toneladas;
  • Zinco – alta de 30% em dólar e queda de 3% em toneladas;
  • Rocha Fosfática – alta de 84% em dólar e de 6% em toneladas;
  • Pedras e revestimentos – alta de 11,3% em dólar e 8% em toneladas.
  • Cobre – queda de 62% em dólar e 65% em toneladas.

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