Na CSN Mineração, as vendas de minério de ferro cresceram 26% no quatro trimestre do ano passado, em relação ao ano anterior.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reportou os resultados de seu balanço de 2022 nesta quinta-feira (09/03). O lucro líquido da empresa no ano passado foi de R$ 2,2 bilhões, uma queda de 84% em relação ao ano anterior (2021). Vale ressaltar que o resultado de 2021 foi marcado pelo IPO da CSN Mineração e pela forte alta das commodities.

No quarto trimestre (4T22), os números mais fracos da siderurgia e alta da despesa financeira pressionaram os resultados, ocasionando uma queda de 81% nos lucros, para R$ 197 milhões.

A unidade de mineração ajudou a diminuir os impactos no 4T22, já que as vendas de minério de ferro cresceram 26% em volume na comparação com o quarto trimestre de 2021, enquanto que as vendas de aço tiveram queda de 1%.

O bom desempenho da mineração, contudo, não foi suficiente para segurar o Ebitda ajustado da CSN, que regrediu 16%, somando R$ 3,1 bilhões no 4T22.

A receita líquida nos últimos três meses do ano atingiu R$ 11,1 bilhões, alta de 7% em relação ao mesmo período de 2021.

Já a dívida líquida da companhia cresceu 82%, alcançando R$ 30,5 bilhões. A relação entre o endividamento e o Ebitda da CSN passou de 0,76 vez no fim de 2021 para 2,2 vezes em dezembro do ano passado.

A companhia atribui o avanço da alavancagem a uma série de desembolsos no período, principalmente os relacionados à aquisição da CEEE-G, além do pagamento de dividendos. A empresa pretende distribuir aos acionistas R$ 2,3 bilhões referentes ao resultado de 2022.

Em janeiro, a CSN fechou uma operação de pré-pagamento de minério no valor de US$ 500 milhões. Considerando esse efeito, a relação entre dívida e Ebitda ficaria em 2 vezes — ou seja, dentro da projeção (guidance) da companhia.

A companhia ainda encerrou o ano passado com um saldo elevado em caixa, de R$ 12 bilhões, para fazer frente ao pagamento das dívidas.

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