A Boston Metal do Brasil inaugurou nesta quinta-feira (7), em Coronel Xavier Chaves (MG), a primeira unidade mundial com a tecnologia Eletrólise de Óxido Fundido (MOE — na sigla em inglês), que possibilita a extração de metais de alto valor como nióbio e tântalo, a partir de rejeitos da mineração.
O uso desta tecnologia transforma materiais complexos e de baixa concentração de metais em uma fonte de receita, além de promover o uso mais eficiente dos recursos naturais.
Assim, a unidade da Boston Metal em Coronel Xavier Chaves vai operar com baixa emissão de CO2, uma vez que vai utilizar eletricidade de fonte renovável para o processamento do rejeito e a separação dos metais de alto valor.
A inauguração contou com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, além de representantes de mineradoras e empresas metalúrgicas brasileiras e internacionais e de investidores da Boston Metal global.
Para o presidente e CEO de Boston Metal global, Tadeu Carneiro, a tecnologia MOE será capaz de promover a economia circular e o progresso sustentável da metalurgia.
“A MOE de Coronel Xavier Chaves é um vislumbre do futuro, o exemplo real de uma solução inédita, escalável, econômica e sustentável para a produção de metais e ligas a partir de uma grande variedade de matérias-primas”, disse.
Previsões de expansão
A Boston Metal planeja produzir 720 toneladas de metais de alto valor em 2024.
Com a previsão de instalar outras unidades como a de Coronel Xavier Chaves no Brasil, até 2026 a capacidade será ampliada para até 10 mil toneladas/ano, e a empresa passará dos atuais 80 para 250 empregados.
“Essas operações vão gerar receita e não nos desviarão de nosso objetivo maior, que é descarbonizar a produção de aço”, afirmou Tadeu Carneiro.
Coronel Xavier Chaves, de 3.500 habitantes, foi escolhida para sediar a primeira operação por oferecer boa combinação entre a oferta de matéria-prima e de energia limpa, e por estar inserida em um ambiente sociocultural favorável, com profissionais familiarizados com a atividade de mineração. A planta foi erguida em tempo recorde.
“Nossa instalação é uma prova da dedicação e experiência de nossa equipe”, completou Itamar Resende, presidente da subsidiária brasileira.