O Vale Ventures, iniciativa de Corporate Venture Capital da Vale, vai investir no acompanhamento e apoio para o desenvolvimento da startup Mantel.

O foco do aporte é uma tecnologia inovadora de captação de carbono que tem potencial de contribuir para a descarbonização da indústria pesada, incluindo os setores de mineração e siderurgia.

O investimento em uma fatia minoritária foi realizado na Série A da start-up, que alcançou um valor total de US$ 30 milhões. Este é o terceiro investimento anunciado pelo Vale Ventures, que em 2022 comprometeu um capital de US$ 100 milhões para ser investido no desenvolvimento de soluções disruptivas para a cadeia de mineração e metais.

Fundada em 2022 no Departamento de Engenharia Química do Massachussets Institute of Technology (MIT), a Mantel utilizará o financiamento captado para implementar uma planta de demonstração com capacidade de capturar 1.800 toneladas de CO2 por ano, preparando o caminho para a implantação comercial em grande escala dos sistemas de captura de carbono de alta temperatura. Em laboratório, a tecnologia da empresa já demonstrou ser possível realizar a captura de carbono de 0,5 tonelada por dia.

Para o head do Vale Ventures, Bruno Arcadier, essa é mais uma opção que se apresenta para a descarbonização da cadeia de mineração e metais.

“A tecnologia de captura de carbono da Mantel, quando estiver disponível, pode viabilizar a produção de ferro e aço com zero emissão, mesmo com o uso de gás natural como fonte energética na rota de redução direta”, explica.

Infográfico explica a solução da Mantel

A captura de carbono envolve a coleta de CO2 produzido por grandes fontes, como usinas siderúrgicas, instalações de energia e refinarias, entre outras. O CO2 capturado é comprimido, transportado e usado para diversas aplicações ou armazenado no subsolo, evitando sua liberação na atmosfera.

A Mantel utiliza boratos fundidos, materiais de captura de carbono em fase líquida a altas temperaturas, para capturar CO2 na fonte de emissão, reduzindo os custos da captura em mais da metade em comparação com as tecnologias convencionais baseadas em amina, o que ajuda a tornar economicamente viável a instalação da tecnologia.

À medida que mais equipamentos de captura de carbono forem instalados, espera-se mais investimentos em infraestrutura sejam gerados, reduzindo ainda mais os custos de captura, transporte e armazenamento de carbono. 

Voltar