Elevação foi impulsionada pela produção no pré-sal, que correspondeu a cerca de 50% do total produzido no ano, segundo dados da ANP.

A produção nacional de petróleo cresceu 4,2% em 2017, em comparação com o ano de 2016. A alta vem pelo quarto ano consecutivo, atingindo 2,6 milhões de barris por dia. As informações estão nos dados consolidados de 2017 do setor, divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) no dia 29 de junho.

De acordo com o boletim, a elevação ocorreu principalmente pela oferta de petróleo do pré-sal, que alcançou a média de 1,3 milhão de barris por dia no ano, correspondendo a cerca de 50% da produção nacional.

O gás natural também registrou um aumento de 5,9%. O gás extraído do pré-sal aumentou a participação no total nacional e correspondeu a 45,3% do total produzido.

Com isso, segundo a ANP, o Brasil reduziu a necessidade de importação de petróleo em 16,4%, para média de 149,2 mil barris/dia, enquanto as exportações alcançaram o maior valor da série histórica, 996,6 mil barris/dia, aumento anual de 24,8%.

Derivados

Por outro lado, a produção nacional de derivados foi 3,7% inferior à de 2019, com 1,9 milhão de barris por dia, o que gira em torno de 76,2% da capacidade instalada de refino.
Devido à queda, o volume de importações de derivados cresceu 26,1% para 615,7 mil barris/dia. “Além disso, em consequência do crescimento dos preços internacionais, houve um aumento do dispêndio com a importação em 57,5%”, disse a agência, por meio de nota.

As participações governamentais atingiram um montante de R$ 30,5 bilhões em 2017, sendo R$ 15,3 bilhões em royalties e R$ 15,2 bilhões em participação especial, valores superiores ao ano anterior de, respectivamente 29,4% e 156,2%.

Por outro lado, as vendas de derivados em 2017 cresceram 1,3% após dois anos consecutivos de queda. Os destaques foram as vendas de gasolina C e de óleo combustível, que cresceram 2,6% e 1,6%, respectivamente.

Biocombustíveis

No setor de biocombustíveis, a produção de etano manteve-se praticamente estável e a de biodiesel foi 12,9% superior ao ano anterior em decorrência, principalmente, do aumento do teor de mistura no óleo diesel para 8%

Rodadas licitações

A ANP também levantou outros fatores de destaque em 2017, como a retomada das rodadas de licitações de áreas para exploração e produção. Ao longo do ano foram realizadas: a 14ª Rodada no modelo de concessão, que finalizou em uma arrecadação em bônus de assinatura de mais de R$ 3,8 bilhões; a 2ª e a 3ª Rodadas de Partilha que, juntas, arrecadaram R$ 6,2 bilhões, além da 4ª Rodada de Licitações de Áreas com Acumulações Marginais.