Carvão volta a ser fonte de geração de energia

Carvão Mineral voltará a ser utilizado como fonte de energia em usinas por meio de leilão - Foto: Divulgação / CMR.

Decisão do Governo Federal permite utilização do mineral em usinas; empresas são decididas em leilão a ser realizado em dezembro.

Poucos dias após anunciar que poderia incluir o carvão mineral no Plano de Energia Nacional, o Governo Federal confirmou a decisão de retomar a aceitação do carvão com combustível em usinas que se candidatarem a leilão público previsto para dezembro. A decisão foi publicada em edital nesta segunda-feira, 7, no Diário Oficial da União.

O edital prevê um leilão A-6, no qual está determinado que a eletricidade deverá ser entregue em até seis anos após a assinatura do contrato, “a partir de termelétricas a biomassa, a carvão, e a gás natural em ciclo combinado”.

O comum é que a geração de energia feita com esse material conte com um prazo de até cinco anos. Dessa vez, o prazo foi estendido, já que a demanda por mais energia deve ocorrer em prazo mais longo, em decorrência da recessão que o país atravessa e do baixo crescimento previsto para os próximos anos.

Segundo o secretário de Minas e Energia do Estado do Rio Grande do Sul, Artur Lemos, existem dois principais candidatos nesse leilão: o projeto da Ouro Negro, que prevê duas plantas de 300 megawatts (MW) em Pedras Altas, e o da empresa Eneva de uma unidade equivalente à Pampa, em Candiota.

A Ouro Negro se apresenta como parceira da chinesa Sepco1 (Shandong Eletric Power Construction Corporation), subsidiária da Power China, e do NWEPDI (Northwest Eletric Power Design Institute). A Eneva tem como maiores acionistas o BTG Pactual e o Cambuhy, fundo de investimento da família Moreira Salles (fundadores do Unibanco).