Porto Sudeste é alvo de ação da PF

Foto: Divulgação Porto Sudeste

Empreendimento é controlado por joint venture formada pela operadora mundial de terminais Impala, subsidiária do Grupo Trafigura, e pelo fundo de investimento Mubadala Development.

Empresas relacionadas ao império de Eike Batista são alvo mais uma vez de investigação. Dessa vez, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, em cooperação com autoridades espanholas, deflagrou, na segunda-feira, 11, uma operação para coletar dados sobre irregularidades em contratos operacionais e de aquisição de equipamentos do Porto Sudeste, em Itaguaí (RJ).

“A Operação Bailén teve como objetivo a investigação de empresas pertencentes a um cidadão brasileiro suspeito da prática de corrupção ativa, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro. Também são investigadas empresas contratadas para implantação dos serviços de esteira e guindaste no Porto Sudeste”, diz o comunicado, que não especifica nomes.

Segundo informado pelo MPF, os contratos investigados são vinculados a uma subsidiária brasileira de uma empresa estatal da Espanha que opera no porto. Ao todo, 11 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Belo Horizonte e Curitiba foram cumpridos.

O Porto Sudeste chegou a ser incorporado pelo Grupo Eike Batista, por meio da MMX Sudeste. Desde 2013, é controlado pela joint venture formada pela operadora mundial de terminais Impala, subsidiária do Grupo Trafigura, e pelo fundo de investimento Mubadala Development Company, os mesmos controladores de parte da Mineração Morro do Ipê, em Minas Gerais. Em 2015, o Grupo Trafigura e a Mubadala adquiram da MMX Sudeste o controle de todos os ativos e direitos relacionados à mineração.

Hoje em funcionamento, o porto opera com capacidade instalada de 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e potencial de ampliação até 100 milhões/ano.