No evento, empresários do setor se posicionaram contra as Medidas Provisorias que mudam a legislação mineral.

Começou hoje a décima sétima edição da Exposibram e do Congresso Brasileiro de Mineração, no Expominas em Belo Horizonte, Minas Gerais. O evento teve início com uma breve cerimônia de recepção, que contou com a presença de nomes como o CEO da Votorantim Metais, Tito Martins e o CEO da Alcoa do Brasil, Otavio Carvalheira.

Fernando Coelho Filho, ministro de Minas e Energia não compareceu ao evento, e foi representado por Vicente Lôbo, um dos poucos presentes no palco que se posicionou inteiramente a favor do Programa de Revitalização da Indústria Mineral.

Ao falar sobre as mudanças, o diretor executivo da Vale, Clóvis Torres Júnior, que representava o também ausente Fabio Schvartsman, afirmou que se posiciona contra as medidas provisórias, de forma “democrática”. Segundo o executivo, após as mudanças na Cfem, as empresas do setor viram as preços das commodities subirem de uma vez.

“O país vê a mineração como um caminho saudável para o crescimento e a retomada da economia. Mas nós sabemos que dependemos da boa vontade do governo”, finalizou Clóvis.

Em nome do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o diretor-presidente Walter Alvarenga afirmou que o evento tem como principal objetivo discutir os futuros da mineração.

Sobre as mudanças, destaco que precisamos de uma segurança jurídica e um ambiente saudável de negócios. Não há espaço para tributação alta. Qualquer aumento de custo colocaria em risco a competitividade brasileira”, comenta Alvarenga.

O Congresso Brasileiro de Mineração acontece paralelamente à Exposibram, maior feira de mineração da America Latina, até o dia 21 de setembro, quinta-feira. Cerca de 340 expositores participam do evento, apresentando seus produtos e serviços. Ao todo, o evento planeja receber cerca de 40 mil visitantes e mil especialistas de mineração para tratar sobre o atual cenário do setor e suas possibilidades para o futuro.