FGV aponta ligeira alta do PIB

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Índice mensal segue metodologia utilizada pelo IBGE; setor extrativista mineral registrou alta de 4,5%.

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) na segunda-feira, 18, mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,6% no trimestre móvel de maio, junho e julho de 2017, na comparação com o trimestre terminado em abril. Na comparação com junho, o crescimento foi de 0,1%.

Em termos monetários, o PIB acumulado em 2017 até o mês de julho, em valores correntes, alcançou a cifra aproximada de 3 trilhões, 778 bilhões, 224 milhões de reais. A pesquisa é feita seguindo o mais próximo possível a metodologia utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no cálculo oficial das Contas Nacionais Trimestrais.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 1,1% no trimestre móvel encerrado em julho. As maiores altas ficaram com a agropecuária (11,7%) e setor extrativista mineral (4,5%). A indústria de transformação obteve o primeiro resultado positivo desde 2014, com 1,6%. Comércio, transportes e outros serviços registraram altas de 3%, 2,4%, 1,5% respectivamente. Já o setor de construção teve retração de 6,8%.

A formação bruta de capital fixo (FBCF) apresentou retração de 4,5% no trimestre analisado, comparativamente ao mesmo trimestre em 2016. O desempenho do componente de máquinas e equipamentos voltou ao patamar positivo (3%), contribuindo com 1,1 ponto percentual (p.p.) para a melhora do indicador. O componente de construção continua com forte queda (9,7%) com impacto de -5.0 p.p. para a taxa trimestral da FBCF.

Exportação e Importação

Assim como era de se esperar, devido aos dados recentes da balança comercial, a exportação apresentou crescimento de 5,7% no período, comparativamente ao mesmo trimestre em 2016. O destaque positivo se deve ao desempenho da exportação dos produtos da agropecuária (+8,1%) e da extrativa mineral (+31,4%). Por sua vez, a importação caiu 1,8%, comparativamente ao mesmo trimestre de 2016. O desempenho negativo dos bens de capital (-43,8%) e o desempenho positivo de bens de consumo semiduráveis (+53,8%) chamaram atenção pela considerável mudança. Os bens intermediários e bens de consumo não duráveis tiveram crescimento de 10,9% e 10,1%, respectivamente.

Investimentos

Segundo o levantamento da FGV, a taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, continuou em baixa. Após alcançar o ápice de 24,3% em outubro de 2013, declinou sistematicamente e no mês de julho do corrente ano foi de 17,4%.