Cerca de 96% do produto produzido é transportado por via rodoviária. Caminhoneiros estão paralisados há uma semana.

A greve dos caminhoneiros já caminha para o sétimo dia consecutivo e os principais setores industriais já começam a sentir os impactos da falta do transporte rodoviário. Neste domingo (27), o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) divulgou um comunicado informando que a indústria do cimento está conseguindo entregar somente 5% da produção nacional aos seus destinos.

A entidade representativa do setor ainda informou que a situação não será normalizada até três semanas após o fim da paralisação. “Como as fábricas funcionam em regime de operação contínua, cimenteiras de todo o país estão sofrendo impactos, tanto na distribuição do produto como nas entregas dos insumos necessários à sua fabricação”, informou o sindicato, em nota.

Por dia, a indústria de cimento distribui, em média, 200 mil toneladas do produto no país. Cerca de 96% dessa produção é feita por meio do transporte rodoviário.

O sindicato ainda alertou para outros problemas em cadeia que podem ser gerados pela falta de cimento, principalmente na construção civil, que podem afetar “diretamente a manutenção dos empregos da indústria da construção”.

Os caminhoneiros estão em greve desde segunda-feira passada (21) e reivindicam redução do preço do diesel e frete mínimo. Como as cargas e descargas não estão sendo feitas, vários setores estão sofrendo desabastecimento. Na noite deste domingo, o presidente Michel Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no preço do litro do combustível, entre outras medidas, como a instalação do frete mínimo. No entanto, a categoria não concordou e manteve o movimento.