Aumento foi de mais de 3.000% na comparação com o trimestre anterior.

Em balanço financeira nesta sexta-feira (3), a Petrobras anunciou que obteve o melhor resultado trimestral desde o segundo trimestre de 2011, principalmente influenciada pelo ganho de participação no mercado de derivados no Brasil, alta nos preços do petróleo Brent e uma melhoria no resultado financeiro.

Entre os meses de abril e junho, o lucro líquido da companhia foi de R$ 10 bilhões, uma alta de mais de 3.000%, em relação aos R$ 316 milhões no mesmo período do ano passado, quando o resultado foi afetado pela adesão da empresa a um programa de regularização tributária do governo.

A empresa também registrou um crescimento de cerca de 45% na comparação com o lucro do primeiro trimestre, o que refletiu o crescimento do Market-share de diesel e gasolina, devido à redução de importação por terceiros. O resultado foi o crescimento de 6% das vendas no mercado interno, com destaque para o diesel.

“O resultado em si mostra uma trajetória consistente de recuperação, a gente já vinha demonstrando isso no primeiro trimestre, e continuou”, afirmou o presidente-executivo da empresa, Ivan Monteiro, em entrevista a jornalistas. “De um modo geral, a companhia se beneficia do aumento do petróleo Brent, por ser uma grande produtora. Mas não adianta o Brent subir se a companhia não estiver preparada para se beneficiar desse aspecto, e a forma é reduzindo seus custos”, acrescentou.

Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado (Ebitda) subiram cerca de 57% em relação ao segundo trimestre do ano passado, para R$ 30,07 bilhões, como resultado do aumento da margem de vendas de derivados no Brasil e de exportação de petróleo.

Houve aumento de 134,5% nas despesas operacionais em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 14,957 bilhões, o que foi compensado pela melhora do resultado financeiro, reflexo do ganho com a renegociação de dívidas com o Sistema Eletrobras e da redução das despesas com financiamentos.

Desinvestimentos e dívida

No primeiro semestre a empresa registrou uma entrada de caixa de cerca de US$ 5 bilhões com os desinvestimentos realizados no primeiro semestre. A ação possibilitou a amortização e pré-pagamentos de dívidas, resultando em uma queda expressiva de 13% no endividamento, somando US$ 73,7 bilhões ao fim de junho.