Gerdau e Usiminas têm maiores quedas, mas Vale mantem-se estável.
A delação bomba da JBS envolvendo o presidente da República Michel Temer e os senadores Aécio Neves e Zezé Perrella já causa estrago na economia, resultando no primeiro circuit breaker da bolsa brasileira, desde 2008, e na maior alta do dólar desde 2003. Desde a manhã do dia 18, menos de 24 horas depois da notícia sobre os áudios e vídeos gravados por Joesley Batista, a Bolsa já tinha registrado queda de 10%, sendo por isso paralisada das 10h22 às 10h55.
Em todo o mercado, o ambiente de instabilidade e incertezas, inclusive sobre a continuidade das reformas que vem sendo conduzidas no último ano e sobre aquelas com previsão de conclusão em curto prezo, impactaram na queda do índice Bovespa, que teve queda de 8,80%, a 61.579 pontos. Esse foi o pior pregão desde 22 de outubro de 2008, durante a crise financeira internacional, quando caiu 10,18%.
Por sua vez, o dólar comercial encerrou em alta de 8,15%, a R$ 3,38 na compra e R$ 3,3890 na venda. Segundo divulgado no site Infomoney, esse foi o maior ganho diário da moeda desde 5 de março de 2003. O contrato futuro do dólar registrava valorização de 7,98%, a R$ 3,397.
Na área da mineração e energia, entre as maiores baixas, estava a Gerdau, que fechou o dia com queda de 17,08%, e a Usiminas, com -16,13.
A Vale, por sua vez, conseguiu manter-se estável, sendo negociada com alta de 0,39% nas ações PN e 0,007% nas ações ON. A Petrobras, após variações negativas, encerrou em -15,75%.
Na manhã de hoje, contudo, os pregões já começam a se recuperar, com alta de 1,78%, a 62.692 pontos, registrada às 10h59.