Indústria do alumínio pede criação de fórum ao G20

Associações internacionais se preocupam com o crescimento da indústria chinesa e o equilíbrio do mercado.

As associações internacionais que representam o alumínio nos Estados Unidos, na Europa, no Brasil e no Canadá enviaram à cúpula do G20, cujo fórum aconteceu na última semana, na Alemanha, um documento em que pediam a criação de um Fórum Global sobre o excesso de capacidade do metal.

As associações são: The Aluminum Association, European Aluminum, Aluminium Association of Canada e a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). De acordo com as entidades, “agora é o momento de reconhecer o excesso de capacidade que afeta negativamente a competitividade da indústria global de alumínio”. Essas associações representam as regiões que somam mais de 40% da produção e do consumo mundial de alumínio.

Em documento encaminhado à cúpula do G20, os representantes das entidades afirmaram que a intenção é chamar a atenção para os desequilíbrios do mercado global na indústria do alumínio, causada, nomeadamente, pelo enorme excesso de capacidade na China. “Esta situação não só distorce significativamente os fluxos comerciais internacionais que afetam todos os nossos países, mas também prejudica a estabilidade global”, afirma o texto.

Conforme explicado no documento, “Tanto o aumento maciço da produção como o excesso de capacidade tiveram um efeito descendente sobre os preços, gerando significativas perdas econômicas e de emprego para nossos respectivos produtores e economias. Este excesso de capacidade ameaça a competitividade dos produtores de alumínio tanto no upstream como no downstream”.

Os representantes das associações veem a reunião como uma oportunidade de fazer críticas ao mercado, e melhorá-lo em âmbito internacional. De acordo com as entidades, a cúpula do G20 do ano passado reconheceu que “o excesso de capacidade no aço e em outras indústrias é uma questão global que exige respostas coletivas”. Os líderes também reconheceram que “os subsídios e outros tipos de apoio de instituições governamentais ou patrocinadas pelo governo podem causar distorções no mercado e contribuir para o excesso de capacidade global e, portanto, requerem atenção”.