Anualmente, as usinas de aços longos no Brasil geram cerca de 42 mil toneladas de Escória de Forno Panela.
Uma parceria entre a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e a ArcelorMittal resultou em um novo aglomerante para argamassas através da utilização da Escória de Forno Panela. Ela substitui a cal hidratada, matéria-prima não renovável. O produto será utilizado como coproduto da ArcelorMittal.
O Forno Panela é um recipiente utilizado no tratamento ou refinação de aço vazado e a escória, por sua vez, é um dos inúmeros resíduos gerados nos processos siderúrgicos de fabricação do aço. Em sua composição básica estão óxidos metálicos e não metálicos. Dependendo do processo de geração, ela pode ser escória de alto-forno (fusão redutora de minérios) ou de aciaria elétrica (produção do aço). Anualmente, as usinas de aços longos no Brasil geram cerca de 42 mil toneladas de escória de Forno Panela.
O produto foi desenvolvido por um projeto de dissertação de mestrado de uma aluna de Engenharia Civil da UFOP, Ana Luiza Borges Marinho, e atualmente está em fase de testes para ser usado em escala industrial, já que teve sua viabilidade técnica comprovada.
O projeto foi acompanhado pelo Núcleo de Coprodutos de Longos. “Esta é uma das várias frentes de trabalho que temos internamente e externamente em busca da valorização e desenvolvimento de novas aplicações para nossos coprodutos. Esta pesquisa abre caminho para reduzirmos o descarte deste resíduo, trazendo ganhos ambientais e, ainda, gerando resultados financeiros para a empresa”, ressalta o especialista de Meio Ambiente e Coprodutos da Gerência Geral de Meio Ambiente da ArcelorMittal Brasil, Sandro Almada.