Entre as decisões do tratado está o aumento da participação de bioenergia sustentável na matriz energética brasileira.
Uma audiência pública será realizada no senado pela Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), na terça-feira (10), a partir das 14h30 para discutir o protagonismo brasileiro na Conferência das Partes (COP), o chamado Acordo de Paris. A comissão tratará do papel desempenhado pela COP, com destaque para a contribuição do Brasil na elaboração do Acordo do Clima. Anualmente o órgão se reúne para revisar as normas da convenção e definir a aplicação e funcionamento das diretrizes do tratado.
A COP é o órgão supremo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), vigente desde 1994. O Brasil foi o primeiro país a assinar a Convenção e após a ratificação do Acordo de Paris em 2016, passou a seguir uma série de compromissos oficiais.
Entre eles, reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, até 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, até 2030.
Para isso, o país se comprometeu a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.
Para participar do debate, foram convidados o embaixador da França no Brasil, Laurent Bili; a ex-ministra de Meio Ambiente Izabella Teixeira; o embaixador do Reino do Marrocos no Brasil, Nabil Adghoghi; o embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel; e o embaixador de Fiji no Brasil, Cama Tuiloma. Os embaixadores convidados são representantes dos últimos países a sediarem a COP.
Com informações da Agência Senado.