Viabilidade das áreas de pré-sal já compete com a média dos países do Oriente Médio.

Após apenas 11 anos da descoberta das bacias de pré-sal brasileiras, a forma de produção de petróleo já alcança marcas competitivas. De acordo com o Estadão Conteúdo, o pré-sal nacional já compete comercialmente com o Oriente Médio.

Atualmente, o petróleo extraído nessa camada no Brasil já é viável economicamente com o preço do barril variando entre US$ 30 a US$ 40, enquanto no Oriente Médio essa faixa de equilíbrio vai de US$ 20 a US$ 40. Um único poço de pré-sal é capaz de produzir até 40 mil barris por dia, volume equivalente ao de campos inteiros de pós-sal, que contam com diversos poços.

A região da Bacia de Santos produz 30% a mais do que era esperado em sua descoberta, em 2006, é o que afirma o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Helder Queiroz.

Para o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, a região é uma boa localidade, pois conta com grande volume de reserva e poços produtivos. “Vai atrair muito interesse, mas o número de atores capazes de atuar no pré-sal é limitado”, disse.

Segundo o secretário executivo de Exploração e Produção do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Antônio Guimarães, a produção de pré-sal é um investimento que vale a pena. “É caro (produzir no pré-sal), mas tem a vantagem da produtividade. Como é produzido muito mais em cada poço, o projeto tem um equilíbrio”, afirmou.

No começo de outubro, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, foi a Nova York dizer a investidores que as oportunidades no Brasil são tão boas quanto em países como os Estados Unidos, a China e a Rússia, ou dos países que integram Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Segundo o executivo, a Petrobrás tem capacidade de lucrar com o pré-sal até mesmo quando o preço do petróleo está em queda.

Leilão

Na próxima sexta-feira (27), a ANP realiza a segunda e terceira rodadas do leilão de oito áreas do pré-sal entre Espírito Santo e Santa Catarina. Participarão do leilão 14 empresas. Na segunda rodada serão vendidas áreas onde é certa a existência de petróleo. Já na terceira, serão ofertadas áreas que não contam com certeza de produção, mas que se mostraram promissoras em estudos realizados anteriormente.

Com informações do jornal O Estado de São Paulo.