Garimpeiros são suspeitos de incêndios no Amazonas

Sede do Ibama em Humaitá foi incendiada - Foto: Raolin Magalhães/Rede Amazônica

Ataques seriam retaliação à ação que recolheu 37 balsas com ouro extraído ilegalmente.

Um grupo de garimpeiros é suspeito de atear fogo em prédios do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Humaitá, estado do Amazonas, no dia 27.

Segundo o Ibama, o ataque foi uma represália a uma operação de fiscalização realizada para combater o garimpo ilegal de ouro no Rio Madeira. Com o nome de “Ouro Fino”, a operação realizada pelo Ibama e o ICMBio na última semana fiscalizou a extração ilegal de ouro na região. Na ocasião, foram apreendidas 37 balsas de garimpeiros.

Os garimpeiros protestaram contra a ação no dia 27 e teriam invadido e incendiado os prédios. O prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde funciona o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) também foi alvo do ataque. Impedidos pela Força Nacional, os suspeitos não chegaram a invadir o local e atearam fogo em veículos que estavam no estacionamento.

“As estruturas dos órgãos ambientais foram atacadas, e servidores ameaçados. O Ministério do Meio Ambiente acionou imediatamente os Ministérios da Defesa e da Justiça, as Polícias Federal e Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança Pública para resguardar a integridade física dos servidores que atuam na região”, afirmou o Ibama em nota.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), tanto o Ibama quanto o ICMBio agiram dentro da legalidade. A Polícia Federal (PF) já deu início às investigações para identificar os responsáveis pelos atentados, que responderão pelos atos criminosos.