Minério começa a ser utilizado na indústria cimenteira do país africano.
A indústria de cimento da Angola busca no carvão mineral uma solução para o setor da construção civil. O minério está sendo utilizado por cimenteiras na fabricação do clínquer, produto que é matéria-prima na construção do cimento.
Segundo a Associação das Indústrias da Angola (AIA), a alternativa reduz o custo de produção em seis vezes em comparação ao processo que utiliza o Light Fuel Oil (LFO), comum em fábricas de cimento angolanas.
Atualmente, um metro cúbico do Light Fuel Oil (LFO), custa aproximadamente US$ 545, enquanto a tonelada do carvão mineral custa US$ 190 dólares. Segundo o presidente da AIA, José Severino, a compra do carvão mineral constitui a nova aposta para a produção do cimento.
De acordo com José Severino, por meio da AIA a indústria angolana conseguiu obter a isenção da taxa aduaneira de imposto de consumo e importação de clínquer, mas que esse benefício não será obtido futuramente, uma vez que o país tem calcário e argila suficientes para alimentar o setor.
Para o presidente da AIA, a Angola precisa investir na construção de fornos para queimar o calcário à base do carvão mineral, para estimular o mercado interno e até mesmo posicionar a nação como uma potencial competidora no mercado da exportação do clínquer.