Pesquisadores canadenses estudam forma para aproveitar o material de baterias que não passarem nos testes de controle de qualidade, o que reduziria a necessidade de extrair o minério.
Cientistas da American Maganese, em Vancouver, no Canadá, desenvolveram uma tecnologia capaz de reciclar cobalto de baterias com defeito, para serem usadas nos carros elétricos. De acordo com informações divulgadas pela Bloomberg, o projeto é um dos muitos que têm sido patenteados para suprir a demanda futura, quando haverá mais automóveis elétricos do que motores à gasolina. Em vez de radiadores, velas e injetores de combustível, a indústria precisará de fontes baratas de cobalto, cobre e lítio.
“Reaproveitar as baterias é muito mais rentável do que escavar o solo. Em vez de extrair minério com 2% de cobalto, você usa uma bateria que contém 100% de cobalto”, destacou o presidente da American Manganese, Larry Reaugh, em entrevista à Bloomberg. A companhia vai patentear um método para extrair todos os metais das baterias recarregáveis.
Uma em cada 10 baterias de íon-lítio são usadas em produtos eletrônicos e smartphones. A proposta da American Manganese é reciclar a bateria que não passa nos testes de controle de qualidade e acaba em lixões de resíduos perigosos. Segundo Reaugh, a iniciativa pode render até 4 mil toneladas de cobalto.
Assim como eles, outros inovadores avançaram tanto que até 2025 empresas como Tesla e Toyota Motors poderiam usar a reciclagem para cobrir 10% de suas necessidades de material para baterias, se as companhias lançarem grandes esquemas, segundo a Bloomberg New Energy Finance.
“A reciclagem vai ajudar a reduzir as limitações da oferta que prevemos para os próximos anos”, disse o analista de armazenamento de eletricidade da Bloomberg New Energy Finance, James Frith. Ele ainda destaca que tal ação colabora para a sustentabilidade do uso das baterias em carros elétricos, já que a reciclagem impede que resíduos perigosos sejam depositados na terra.
Com informações da Bloomberg.