Acordo foi firmado pelas duas empresas pelo valor total de US$ 2,9 bilhões.

A norueguesa Statoil e a Petrobras assinaram, nesta segunda-feira (18), contratos de parceria entre as empresas. A transação faz parte do Programa de Parcerias e Desinvestimentos para o biênio 2017-2018.

Entre eles o principal é o Sale and Purchase Agreement (SPA) que trata da cessão de 25% do campo de Roncador (SP), na área norte da Bacia de Campos, pelo valor de US$ 2,9 bilhões. Deste valor, US$ 2,35 bilhões serão pagos no fechamento da operação e US$ 550 milhões em pagamentos contingentes relacionados aos investimentos dos projetos que visam o aumento do fator de recuperação do campo. A Petrobras continua como operadora do campo, com a participação de 75%.

Outro acordo diz respeito a cooperação técnica visando a maximização do valor do ativo e com foco em aumentar o valor recuperável do petróleo, incluindo a extensão da vida útil do campo de Roncador.

Localizado a cerca de 125 quilômetros do Cabo de São Tomé, em lâmina d’água que varia de 1.500 a 1.900 metros, o campo foi descoberto em outubro de 1996. Ele possui uma área de aproximadamente 400 km² e quatro unidades de produção instaladas. Em novembro, a produção média dele foi de aproximadamente 240 mil barris de óleo por dia e 40 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia de gás associado.

“O campo de Roncador tem aproximadamente 10 bilhões boe de volume “in place” e uma expectativa de volume recuperável remanescente superior a 1 bilhão boe. A ambição é aumentar o fator de recuperação, por meio dessa parceria com a Statoil, em pelo menos 5%, o que pode trazer um volume adicional de aproximadamente 500 milhões boe”, informou a Petrobras, por meio de comunicado à imprensa.

Gás natural

Com a parceria, a Statoil também terá a opção de contratar uma determinada capacidade de processamento de gás natural no terminal de Cabiúnas (TECAB) para o desenvolvimento da área do BM-C-33, onde as companhias já são parceiras.

O TECAB se localiza na cidade de Macaé (RJ) e é o maior polo de processamento de gás natural do Brasil. Ele terá sua capacidade expandida para 25 milhões de m³/dia de gás natural – o equivalente ao consumo diário de sete cidades do porte do Rio de Janeiro – e cerca de 70 mil bpd de condensado de gás natural. Atualmente, a unidade passa por um novo processo de ampliação para atender as demandas do pré-sal.

A operação está sujeita a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“A parceria estratégica com a Statoil está fundamentada num alinhamento de interesses estratégicos das duas companhias e no potencial de geração de valor para as partes, em função de seus conhecimentos e experiências nos segmentos de exploração e produção em águas profundas e de gás natural”, informou a estatal.

Parceria

Atualmente, a Petrobras e a Statoil são parceiras em 13 áreas, em fase de exploração ou de produção, sendo que 10 estão localizadas no Brasil e 3 no exterior. As empresas possuem acordos de cooperação tecnológica desde 2004, incluindo as tecnologias de sísmica 4D.

Com informações da Petrobras.