Operação Watu, do Governo de Minas, finaliza fases 3 e 4 de fiscalização de trechos atingidos por rompimento de barragem há dois anos.

A terceira e quarta fases da Operação Watu, que fiscaliza as ações de recuperação ambiental das áreas afetadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015, foram finalizadas. Os resultados foram compilados e já estão disponíveis no site da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

A operação abrange a extensão da Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais, que vai desde o complexo minerário de Germano, em Mariana, até a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, no município de Rio Doce. Nessas duas últimas etapas do trabalho, técnicos do Sistema Estadual de Meio Ambiente a Recursos Hídricos (Sisema) percorreram 23 trechos, que somam mais de 100 quilômetros ao longo de cursos d’água afetados pela tragédia.

Na fase 3, os técnicos e especialistas colheram informações das operações anteriores e visitaram, pela primeira vez, onze trechos prioritários. Já na fase 4, eles acompanharam a recuperação desses trechos e verificaram o início das obras de recuperação dos não prioritários.

O relatório da fase 4 apresenta documentos e estudos que a Fundação Renova, órgão criado pela Samarco, deve apresentar ao Sisema e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o objetivo de aprimorar o acompanhamento das ações de recuperação.

“São registros com os resultados do monitoramento de controle e da taxa de erosão apurados nas áreas prioritárias de recuperação, além da avaliação preliminar das áreas piloto de plantio de mudas de espécies nativas e frutíferas”, informou o Governo de Minas, em nota.

De acordo com a coordenadora da Operação Watu, Patrícia Rocha Maciel Fernandes, a retirada ou permanência dos rejeitos ao longo dos cursos d’água é um dos assuntos em discussão.

“A viabilidade técnica e ambiental de cada um desses dois processos está sendo discutida no âmbito do Plano de Manejo de Rejeitos”, afirma Patrícia, que é gerente de Qualidade do Solo e Reabilitação de Áreas Degradadas da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam).

De acordo com informações divulgadas pela Semad, a evolução da recuperação ambiental do Rio Doce e as ações de manutenção e monitoramento das áreas realizadas pela Fundação Renova, vão continuar sendo acompanhadas pelo Sisema, principalmente agora, quando se inicia o período chuvoso.