Usiminas confirma religamento de Alto-Forno em 2018

Usiminas em Ipatinga (MG). Foto: Divulgação/ Usiminas.

Ação é uma das que demonstram retomada da empresa no mercado em 2017.

A Usiminas confirmou que vai religar o Alto- Forno 1, da Usina de Ipatinga, em Minas Gerais, em abril do ano que vem. O equipamento estava parado desde 2015 devido à queda na demanda. A capacidade de operação será de mais 2 mil toneladas diárias à produção de ferro gusa da Usiminas, o que deve reduzir a necessidade de compra de placas de terceiros.

O planejamento vem dentro do crescimento da empresa registrado ao longo de 2017 e destacado pela companhia em comunicado à imprensa nesta quinta-feira (28).

“Este ano, a Mineração Usiminas já havia retomado duas plantas paralisadas em razão da crise. Duas unidades de tratamento de minério – flotação e mina leste – voltaram a operar, gerando cerca de 400 novos empregos na operação da empresa em Itatiaiuçu (MG)”, destacou a companhia, na nota.

A Usiminas destacou a retomada, após um período difícil devido ao endividamento e a queda no mercado do aço em 2017, que levaram a companhia a uma situação de liquidação judicial. De acordo com a companhia, a volta do crescimento aponta para um 2018 “de recuperação ainda mais sólida”.

Segundo a Usiminas, como 85% das vendas são direcionadas ao mercado interno, a queda na venda de carros novos e em outras áreas como construção civil e infraestrutura, impactaram diretamente no fluxo de caixa da empresa. Com a recuperação do setor automotivo, impulsionado pelo aumento de 7% no consumo de veículos no país, a expectativa é de aumento no consumo de aços planos em 2018, na ordem de 5% a 10%.

A siderúrgica destacou que os resultados financeiros consolidados do ano devem ser divulgados em fevereiro, mas os indicadores iniciais mostram dados positivos. Até o início de dezembro, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acumulados da Usiminas nos doze meses anteriores a setembro de 2017 atingiram os mesmos patamares de 2013 e 2017, período anterior à grave crise econômica que marcou os anos de 2015 e 2016 na companhia.

“Foi um ano que marcou um processo consistente de retomada dos resultados e que, pela primeira vez nos exercícios recentes, nos permitiu planejar de fato o ano seguinte”, destacou, em nota, o presidente da Usiminas, Sergio Leite.