Desse total 7,5 milhões são de matérias-primas de minério e produtos de siderúrgicas.
A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará concluiu o segundo semestre de 2017 com 5,9 milhões de toneladas de carga solta e a granel movimentadas na Área de Despacho Aduaneiro (ADA), como informou na quinta-feira (29) o governo do estado. Esse fluxo representa um crescimento de 31,12% em comparação com o segundo semestre de 2016.
No total, 11 milhões de toneladas foram exportados no ano de 2017. Dentre eles 7,5 milhões foram de entrada de matérias-primas como minério, carvão calcário e brita e os outros 3,5 milhões de saída de produtos como placas de aço, escória, BTX e alcatrão.
No primeiro lugar das cargas mais movimentadas na rota internacional estão as placas de aço produzidas pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). O principal destino das cargas são os Estados Unidos, que ficam com 37% do material que sai da siderúrgica, segundo o governo do Ceará.
A ZPE Ceará teve um aumento significativo de movimentação no Porto do Pecém, no ano passado, devido às quatro empresas instaladas em sua área. O carvão mineral e minério de ferro importados pela CSP, 6,2 milhões de toneladas passaram pelo porto no ano passado.
Esse resultado é devido a solidificação da prática operacional do monitoramento e controle de cargas na ADA da estatal, como informa o presidente da ZPE Ceará, Mário Lima Júnior. Segundo ele, a ZPE tem a função de dar suporte ao controle aduaneiro da Receita Federal.
“É importante frisar que, além da infraestrutura disponibilizada pela ZPE Ceará, o Sistema de Controle Aduaneiro (SICA) desenvolvido na própria ZPE, para adequação das rotinas às portarias regulamentadoras da Receita Federal, foi fundamental para o sucesso das nossas operações” comenta o presidente.
Desenvolvimento econômico
Com a consolidação do setor siderúrgico no estado, a ZPE Ceará irá gerar mais empregos e estimulará a pauta de exportação do estado, a partir da fabricação de placas de aço exportadas da CSP.
Os materiais de exportação como brita, calcário, dolomita, quartzo, briquete, tiveram reflexos positivos na economia de cidades do estado como Eusébio, Fortaleza, Caucaia, São Gonçalo do Amarante.
Segundo o governo estadual, o envolvimento desses municípios na comercialização é resultado do esforço do executivo para desenvolver a economia local.
Em 2017, de acordo com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), as exportações do estado somaram US$ 2,10 bilhões, representando um aumento de 62,48% em relação ao ano anterior, que registrou US$ 1,29 bilhão.
Do total de US$ 2,10 bilhões de exportação, os produtos e subprodutos da CSP, como placas de aço, ferro-gusa, BTX e alcatrão, representam 48,03% o equivalente a US$ 1,016 bilhão.
Segundo a pesquisa do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (CIN/FIEC), do US$ 1,016 bilhão exportado pela CSP, US$ 999,2 milhões passaram pelo Porto do Pecém e US$ 17,1 milhões pelo Porto de Fortaleza.