Em 2017 estado arrecada US$ 2,6 bilhões e tem boas expectativas para 2018.
O mineral vanádio, produzido no município de Maracás (BA), puxou o crescimento de 20,7% da produção mineral no Estado em 2017, que atingiu a marca de US$ 2,6 bilhões, de acordo como o relatório da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).
O crescimento ocorre no período de queda das principais cotações de commodities minerais, com exceção do vanádio, que dobrou o preço. Segundo a CBPM esse resultado é devido a uma melhoria nos processos de produção das minas baianas.
Em relação ao vanádio, a mina explorada pela canadense Largo Resources exportou 9,2 mil toneladas em 2017 para a Holanda, Coreia do Sul, Estados Unidos, Canadá e Índia. Espera-se que a produção continue em alta, já que o preço do mineral continua subindo e ultrapassou a marca de US$ 28 mil por tonelada neste ano. Em dezembro, a cotação era de US$ 17 mil por tonelada.
O vanádio integra um grupo de substâncias minerais em alta no mercado por conta do aumento da demanda por carros elétricos em países do primeiro mundo.
Mineração Baiana em 2018
O balanço da CBPM apresenta um cenário positivo para a mineração baiana em 2018, devido a produção de muitas das minas que foram paralisadas no período entre 2016 e 2017 e devem ser retomadas nos próximos meses.
A empresa, que é ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), afirma que há sinalização de que a produção de níquel, pela Mirabela em Itagibá, seja retomada. A cotação deste minério subiu para US$ 13 mil/ton, que antes estava em US$ 9.558/ton quando o trabalho na mina foi paralisado.
O mesmo deve ocorrer com as minas de ouro da Briogold em Santa Luz, e de fosfato, da Galvani/Yara, em Irecê.
Na cesta de commodities minerais produzidas na Bahia, o ouro liderou as exportações do ano passado com o montante de U$ 241,8 milhões, seguido do vanádio U$ 135 milhões, Magnesita U$ 102 milhões e diamante U$ 45,4 milhões.
Projeto Minerais Portadores do Futuro
Outro fator que proporciona boas expectativas para este ano é o lançamento do projeto Minerais Portadores do Futuro, focado naquelas commodities que apresentam crescimento de demanda nos mercados externos, como por exemplo o vanádio e de lítio, grafeno e cobalto, também usados na fabricação de baterias para carros elétricos.
O objetivo é ampliar o estudo geológico para encontrar depósitos destas substâncias em solo baiano.
“As perspectivas de futuro para o setor mineral no estado são animadoras. Estão em fase de implantação em terras baianas quatro novos empreendimentos para a produção de Nefelina Sianito, no município de Itarantim; para produção de Cobre em Curaçá; de Barita, em Contendas do Sincorá; e de areia silicosa no município de Belmonte”, destaca Alexandre Brust, presidente da CBPM.
Com informações do Jornal Correio