Categoria iniciou movimento grevista na madrugada desta quarta-feira (30). Eles protestam contra a política de preços da Petrobras.
Em meio a greve dos caminhoneiros, que já está no décimo dia, os petroleiros também iniciaram um movimento grevista nesta quarta-feira (30). Eles são contra a política de preços de derivados da Petrobras, como o gás de cozinha e a gasolina, entre putros pontos. Segundo a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) não houve troca de turnos da zero horas nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR).
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) o movimento tem duração de 72 horas com o fim previsto para a próxima sexta-feira (1º/6). Na Bacia de Santos pelo menos 21 plataformas estão paradas e destas, seis estão totalmente paralisadas.
Os grevistas exigem a redução nos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, a manutenção dos empregos e retomada da produção interna de combustíveis, o fim da importação da gasolina e outros derivados do petróleo e o fim da privatização e desmonte do Sistema Petrobras, além da demissão do presidente da companhia, Pedro Parente.
Apesar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter declarado a greve ilegal e determinado multas diárias de R$ 500 mil, o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, afirmou que a categoria não se intimidará. “A justiça do trabalho está agindo como a justiça do capital. Esse é o papel que ela tem cumprido ao longo dos últimos anos”, declarou o líder petroleiro.
Sem risco de desabastecimento
O coordenador geral da FUP afirmou que a paralisação não traz riscos de desabastecimento e que os petroleiros sempre tiveram a responsabilidade de atender as necessidades básicas da população.
“Os tanques das refinarias estão abarrotados de derivados de petróleo, em função dos protestos dos caminhoneiros. A nossa greve é para defender o Brasil, é para que os brasileiros paguem um preço justo pelo gás de cozinha e pelos combustíveis”, disse, ressaltando que o movimento é de advertência.
Refinarias em greve
De acordo com a FNP participam do movimento refinarias, plataformas de exploração e terminais.
As refinarias que estão paradas são REFAP (Canoas/ RS); REPAR (Araucária/ PR); Araucária Nitrogenados (Araucária/ PR); Usina de Xisto (São Mateus do Sul/ PR); RECAP (Mauá/ SP); REPLAN (Paulínia/SP); REVAP (São José dos Campos/ SP); RPBC (Cubatão/ SP); REDUC (Duque de Caxias/ RJ); CENPES (Rio de Janeiro/RJ); REGAP (Betim/ MG); RNEST (Ipojuca/ PE) e LUBNOR (Fortaleza/ CE).
Os terminais que aderiram a greve são Terminal Alemoa (Santos/ SP); Terminal Pilões (Santos/ SP); TEBAR (São Sebastião/ SP); UTGCA (Caraguatatuba/ SP); TABG (Rio de Janeiro/ RJ); TEBIG (Angra dos Reis/RJ); TEVOL (Volta Redonda/ RJ); Terminal de Paranaguá (Paranaguá/PR); Terminal de Suape (Suape/ PE); TECARMO (Carmópolis/ SE); Temadre e Terminal Aquaviário de Belém (Belém – PA).
As plataformas de exploração que estão sem embarques e foram entregues à gerência são UPGN Pilar (Pilar/ AL); Campo Terrestre de Furado (São Miguel dos Campos/ AL); Plataformas do Norte Fluminense e Plataformas da Bacia de Santos.
*Sob supervisão de Sara Lira