Siderúrgicas estão em negociação há mais de dois anos.
Foi oferecido, na última quinta-feira (21), ao presidente-executivo, Heinrich Hiesinger, da siderúrgica Thyssenkrupp mais um tempo para finalizar um acordo de joint venture com a Tata Steel.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o executivo está sob ataques dos fundos ativistas Cevian e Elliott e luta para chegar a um acordo que satisfaça funcionários e acionistas. As negociações já duram mais de dois anos.
As duas empresas encontram-se em fase final do acordo para combinar seus ativos de aço na Europa e criar o segundo maior participante do setor no continente, ficando atrás somente da ArcelorMittal.
Hiesinger prometeu um acordo até o final de junho, mas as negociações foram difíceis, depois que a divisão europeia de aço da Thyssenkrupp superou a da Tata Steel, deixando uma lacuna de avaliação que as duas partes estão tentando superar.
“Ainda há uma série de questões não resolvidas até uma possível assinatura”, disse em comunicado o presidente do conselho de funcionários da Thyssenkrupp Steel Europe e membro do conselho supervisor da Thyssenkrupp AG, Tekin Nasikkol.
As opções da Hiesinger variam de mudar a estrutura acionária, hoje igualmente compartilhada, possivelmente para 55% e 45% ou 60% e 40% por cento em favor da Thyssenkrupp. Com isso mais passivos serão transferidos da empresa para o empreendimento e excluirá a Tata Steel dos pagamentos de dividendos.
Outra forma seria a garantia de um pagamento em dinheiro da Tata Steel para liquidar a diferença.
Nasikkol confirmou que os líderes trabalhistas não apoiariam o empreendimento assumindo mais dívidas. Até agora, a Thyssenkrupp planeja transferir 4 bilhões de euros em passivos, em comparação com 2,5 bilhões de euros da Tata Steel.
Ele também disse que há uma boa chance de que a Tata Steel finalize um acordo com seus trabalhadores britânicos e holandeses até o final do mês. Uma condição fundamental para os sindicatos alemães aprovarem a joint venture no conselho de supervisão da Thyssenkrupp.
Com informações da Reuters
*Sob supervisão de Sara Lira