Rusal obteve resultado positivo no trimestre, mesmo com sanções dos Estados Unidos.

Apesar das sanções impostas pelo governo norte-americano, a gigante russa de alumínio, Rusal, registrou aumento no lucro trimestral. A empresa é a maior produtora de alumínio do mundo fora da china. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, os preços mais altos do metal influenciaram nos resultados.

O lucro líquido recorrente da companhia subiu 75% em relação ao segundo trimestre do ano passado. No entanto, recuou 17% em comparação com o primeiro trimestre de 2018.

Segundo a Reuters, os primeiros resultados desde o dia 6 de abril, quando Washington fez as imposições à empresa, são vistos como indicação de que a Rusal está resistindo às restrições que causaram a interrupção do suprimento mundial. As sanções, conforme o governo norte-americano, foram uma forma de punir os aliados do presidente russo Vladimir Putin, por sua suposta interferência na eleição presidencial de 2016. A Rússia, no entanto, nega as acusações.

A ação prejudicou o fornecimento de alumínio, elevando os preços do metal. Os preços do alumínio ficaram, em média, US$ 2,259 por tonelada na London Metal Exchange (LME) no segundo trimestre, uma alta de 18% em relação ao mesmo período em 2017.

Devido às sanções, clientes dos Estados Unidos têm até 23 de outubro para encerrar negócios com a Rusal. Como alguns pedidos podem levar até dois meses para serem processados e entregues aos clientes, especialmente para produtos de alumínio com valor agregado, segundo a Reuters, fonte da indústria informaram que muitas empresas começarão a encerrar as negociações com a Rusal ainda em agosto.

Produção

A produção de alumínio primário no segundo trimestre foi de 939 mil toneladas, volume 2% superior em relação ao mesmo período do ano passado. Já as vendas de alumínio primário e ligas caíram 22%, para 783 mil toneladas.

Com informações da Reuters.