Assembleia Geral da World Steel Association (WSA) foi realizada nesta semana em Tóquio com representantes da indústria de todo mundo, incluindo o Brasil.
O cenário global de demanda por aço, bem como as tensões comerciais entre países e a tecnologia na indústria automobilística, foram alguns dos temas abordados na Assembleia Geral da World Steel Association (WSA). O evento foi realizado em Tóquio, no Japão, entre terça e quinta-feira (17 e 18).
O encontro reuniu os principais players do mercado do aço para debater as tendências mundiais do setor. Atualmente, a WSA representa 160 produtores de aço em todo o mundo.
De acordo com o presidente da entidade, Kosei Shindo, o ambiente de negócios da indústria siderúrgica mundial é favorável em geral, principalmente devido à crescente demanda por aço. Porém, ele teme pelos impactos que as tensões comerciais e outras questões poderão causar no setor.
“Existem muitas incertezas no ambiente macroeconômico, como o aumento das tensões comerciais mundiais ou o resultado das negociações do Reino Unido para a retirada da União Europeia. Estou prestando muita atenção em como esses riscos afetarão as tendências futuras”, afirmou Shindo, que também preside a Nippon Steel e Sumitomo Metal Corporation (NSSMC).
Outra preocupação é a medida 232, de sobretaxar produtos siderúrgicos, impostos por Donald Trump, nos Estados Unidos. Para o presidente da WSA, a indústria mundial deve se atentar nos impactos diretos e indiretos que a decisão pode causar, inclusive com retaliações dos países afetados. “O sistema de comércio justo e livre serviu de base para o desenvolvimento da economia mundial e espera que essas questões comerciais sejam adequadamente tratadas”.
O executivo também estimulou os governos a manterem ativo o Fórum Global sobre Excesso de Capacidade de Aço, criado em 2016 para debater políticas que distorcem as demandas de produtos de aço.
Para ele, têm sido eficazes a abordagem do Fórum de trocar informações sobre a evolução da capacidade do aço bruto e as políticas governamentais que afetam o excesso de capacidade, incluindo subsídios que distorcem o mercado e outras medidas de apoio do governo.