Presidente Jair Bolsonaro deve participar do evento, segundo a companhia.
A Usiminas agendou, para o dia 26 de agosto, evento para marcar o religamento de alto-forno que havia sido paralisado em abril como consequência da chegada da epidemia de Covid-19 ao país.
A empresa vai realizar a cerimônia de reativação do alto-forno 1 da usina de Ipatinga (MG) na próxima quarta-feira, em cerimônia que afirma que vai contar com presença do presidente Jair Bolsonaro.
No final de julho, a direção da companhia havia sinalizado com o religamento do equipamento, e da aciaria 1, em agosto. Na ocasião, o presidente da empresa, Sergio Leite, afirmou que tinha confiança de que o pior da crise disparada pelas medidas de isolamento social já tinha passado e que “a trajetória agora é de retomada”.
A produção de aço bruto do Brasil no mês passado ficou próxima dos níveis anteriores à chegada da epidemia de Covid-19 no fim de março, enquanto as vendas de planos e longos no mercado interno avançaram, informou a entidade que representa as siderúrgicas, IABr, na semana passada.
Já nesta semana, o presidente da associação que representa distribuidores de aços planos, Inda, disse que as siderúrgicas poderão voltar a elevar preços da liga em outubro, após reajustes de 10% em média entre agosto e setembro.
Prejuízo de R$ 395 milhões no 2º trimestre
No dia 30 de julho, a empresa divulgou prejuízo líquido de 395 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo resultado positivo de 171 milhões de reais um ano antes, afetada por queda em volumes e receita, em meio à retração da atividade econômica desencadeada pela pandemia de Covid-19.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 63%, para 208 milhões de reais, com a margem Ebitda ficando em 9%, de 15% no mesmo trimestre de 2019.
Em uma base ajustada, o Ebitda ficou em 192 milhões de reais, declínio de 67% ano a ano, com a margem caindo pela metade, para 8%.
Estimativas compiladas pela Refinitiv apontavam, na média, prejuízo líquido de 170,15 milhões de reais e Ebitda de 218,18 milhões de reais.
Além do efeito da retração da atividade econômica, a Usiminas também citou como fatores para a queda provisão para contratos onerosos de insumos e serviços na unidade de siderurgia, relacionados aos efeitos da pandemia da Covid-19 no montante de 51 milhões de reais, provisão para créditos de liquidação duvidosa em 19 milhões também na divisão de siderurgia e provisão para reestruturação na unidade de bens de capital no montante de 19 milhões de reais.
De abril a junho, a receita líquida da Usiminas totalizou 2,4 bilhões de reais, uma queda de 34% ano a ano, com o volume de vendas de aço recuando 43%, para 608 mil toneladas, enquanto o de minério de ferros subiu 7%, para 1,9 milhão de toneladas.
O custo de produto vendido também caiu, 31%, para 2,1 bilhões de reais.
A companhia encerrou o trimestre com 2,5 bilhões de reais em caixa e equivalentes de caixa, um pouco mais do que o dobro do montante registrado um ano antes.
Por Reuters.