Números foram apontados no Informe Mineral 02/2021, elaborado pela Divisão de Geologia do Instituto Água e Terra.
As produções brutas e beneficiada de minérios comercializados no Paraná passaram de 34,5 milhões de toneladas em 2010 para 51,15 milhões em 2019. Já o valor de venda saltou de R$ 484,61 milhões para R$ 1,1 bilhão no período.
Os números constam no Informe Mineral 02/2021, desenvolvido pela Divisão de Geologia do Instituto Água e Terra, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. O documento mostra o desempenho da produção e comercialização de minério bruto e beneficiado no Paraná, referente aos anos de 2010 a 2019. Ele está estratificado por substância mineral, tendo por base o Relatório Anual de Lavra (RAL), entregue pelos mineradores a Agência Nacional de Mineração (ANM).
Segundo o Diretor-presidente do Instituto de Terras Cartografia e Geociências, Amílcar Cavalcante Cabral, além de demonstrar o desempenho econômico do Paraná, o informe mineral é imprescindível para que o governo estabeleça diretrizes de desenvolvimento sustentável. “Com base nesses dados é possível desenvolver políticas públicas pontuais, de acordo com o perfil de cada região, melhorando o desempenho da economia, com geração de emprego e renda”, afirmou.
Para o secretário estadual, Márcio Nunes, a intensidade e conduta relativas ao uso de recursos minerais são importantes indicadores sociais. “A demanda por bens de origem mineral é um importante indicativo do crescimento econômico. Representa que o paranaense está ganhando qualidade de vida e estamos no caminho certo”, ressaltou.
Setor Extrativista
O setor extrativista registrou um crescimento de 48% de rochas britadas e carbonáticas (calcário e dolomito) durante a década, juntamente com a areia, argilas, saibro, talco, feldspato, carvão mineral, caulim, rochas ornamentais, fluorita e ouro.
As rochas britadas e areia são utilizadas, principalmente, na construção civil e na elaboração de artefatos de concreto e cimento. Já as rochas carbonáticas (calcário e dolomito) são destinadas à fabricação de cimento, corretivo agrícola e cal. O carvão mineral é utilizado na produção de termoeletricidade e o talco, na fabricação de cerâmica.
De acordo com as informações apresentadas à Agência Nacional de Mineração, a produção de rochas britadas praticamente dobrou em menos de dez anos. Passou de 10,64 milhões para 21,02 milhões de toneladas, o que resultou num aumento no valor de venda de 163% (R$ 178,22 milhões em 2010 para R$ 468 milhões em 2019). O calcário teve um crescimento de 18,11% (de 13,03 milhões para 15,39 milhões de toneladas). O valor de venda aumentou em 130%.
Ainda segundo os números apresentados no documento, o valor da venda da areia teve comportamento similar ao da produção. Em 2010 foi de R$ 72,57 milhões. Em 2014 atingiu o pico (R$ 165,08 milhões), seguido de queda até 2017. A partir daí, retomou o crescimento até 2019, com R$ 137,53 milhões. Aumento de 89,5%.
Com informações Agência Estadual de Notícias do Paraná.