100% brasileira e pioneira no mundo, técnica objetiva aumentar a eficiência do processo e o aproveitamento dos subprodutos da carbonização da madeira e reduzir a emissão de CO2.
O projeto de produção de carvão vegetal sustentável, desenvolvido e patenteado pela Vallourec – já em funcionamento na unidade Florestal (Paraopeba/MG) –, poderá ser adquirido por siderúrgicas de todo o mundo. Denominada Carboval, a tecnologia, cuja eficácia operacional e ambiental foi comprovada a partir da experiência da planta piloto de Paraopeba, passou a ser compartilhada com outras indústrias do setor por meio de parceria firmada com a Paul Wurth do Brasil, empresa especializada na venda de equipamentos, serviços e tecnologias para o mercado do aço. As primeiras negociações com empresas das Américas já foram iniciadas. Grandes players do mercado de minério/pelotização do Brasil e da Europa também manifestaram interesse e deram início a testes de matéria-prima.
A técnica permite aumentar a eficiência do processo de produção do carvão, com melhor aproveitamento da madeira e dos subprodutos da carbonização. Além disso, reduz o balanço de emissão de CO2 por meio da utilização do carvão vegetal em substituição a combustíveis fósseis em diversos processos siderúrgicos (petcoke nos Fornos Elétricos, GN na pelotização, mistura em minérios e outros).
O reator Carboval também permite a recuperação do alcatrão vegetal e do extrato pirolenhoso, subprodutos gerados no processo de produção do carvão vegetal. O material possui alto valor agregado para a indústria química (adesivos, cosméticos, tintas, entre outros) e alimentícia, podendo também ser utilizado em substituição aos combustíveis fósseis.
“Trata-se de uma tecnologia madura, implementada após mais de oito anos de testes. É uma alternativa mais eficiente aos fornos de alvenaria, que já chegaram ao limite tecnológico, ambiental e econômico, ameaçando a sua sustentabilidade. Nossa estratégia é utilizar a floresta da melhor forma, com controle e automatização do processo, evitando perdas de produtos e subprodutos e a ocorrência de desvios de qualidade e garantindo a segurança”, explica o engenheiro e assistente de Desenvolvimento e Carbonização da Vallourec Florestal, Fernando Latorre.
“Este processo de produção, desenvolvido e patenteado pelo Grupo Vallourec, é um marco na indústria de produção de carvão vegetal. A rastreabilidade e controle de produção não somente respeita a legislação ambiental vigente, como também lança um novo modelo sustentável e contínuo de produção de carvão, alinhado às expectativas ambientais mundiais”, destaca José Geraldo de Araújo, diretor de Tecnologia da Paul Wurth do Brasil.
Mais eficiência e menos impacto
Desenvolvida pela Vallourec, a tecnologia de carbonização contínua Carboval permite a transformação da madeira em carvão vegetal em apenas 16 horas, sem liberação de metano ou monóxido de carbono e com aproveitamento de até 95% da energia da matéria-prima. Em oito anos de testes, o reator da planta piloto produziu 39 quilotoneladas de carvão bruto, testados nos altos-fornos da Vallourec e de terceiros.
Economia de baixo carbono
O Grupo Vallourec anunciou, em 2020, um plano de mapeamento da emissão de carbono, aprovado pela Science Based Targets (SBTi) – organização que reúne mais de mil empresas ao redor do mundo e as auxilia a traçar metas de diminuição do impacto ambiental, alinhadas ao Acordo de Paris –, que objetiva reduzir em 20% e 25%, respectivamente, a emissão direta e indireta de carbono até 2025.
O grupo já opera como um baixo emissor de gases de efeito estufa e passou a integrar, em 2020, a Lista da Carbon Disclosure Project (CDP) – nome dado ao ranking que avalia o comprometimento de organizações ao redor do mundo com o meio ambiente. Com isso, a Vallourec passou a figurar entre as 179 empresas globais que mantêm práticas e políticas ambientais internacionalmente reconhecidas, entre mais de 8 mil companhias avaliadas.
Por Assessoria de Imprensa da Valourec.