O contrato mais negociado na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, fechou em queda de 3,9%, a 1.174 yuanes (US$ 181,33) por tonelada.
Os contratos futuros do minério de ferro na China recuaram quase 4% nesta quarta-feira (21/07), pressionados pelo arrefecimento da demanda em momento em que usinas locais controlam a produção de aço, enquanto as chegadas da matéria-prima siderúrgica ao país aumentaram.
Algumas produtoras de aço nas províncias chinesas de Jiangsu, Fujian e Yunnan foram instruídas pelo governo a cortar produção, já que o país pretende manter a fabricação anual em nível não superior ao de 2020.
Enquanto isso, as chegadas de minério de ferro à China se recuperaram na semana passada. Os estoques da commodity nos portos avançaram pela terceira semana consecutiva, atingindo 127,34 milhões de toneladas em 18 de julho, de acordo com a consultoria SteelHome.
O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, fechou em queda de 3,9%, a 1.174 yuanes (US$ 181,33) por tonelada.
Os preços spot do minério com 62% de teor de ferro para entrega à China caíram US$ 1 na terça-feira, para US$ 221,5 por tonelada, segundo dados da SteelHome. No Porto de Qingdao, a commodity fechou a US$ 214,79, queda de 2,83%.
A China, maior produtora de aço do mundo, tem intensificado as medidas para despoluir o setor, que responde por cerca de 15% das emissões do país.
Apesar dos repetidos pedidos de autoridades para limitar a produção de aço, o ritmo das usinas chinesas ainda aponta um volume recorde.
Os estoques portuários de minério de ferro da China podem aumentar no segundo semestre devido à menor demanda das siderúrgicas com restrições de produção e maior oferta de minas no exterior, de acordo com a Bloomberg Intelligence.
Enquanto isso, a agência de planejamento econômico na China pediu aos governos locais que intensifiquem o monitoramento dos preços das commodities e administrem as expectativas. O país tem buscado frear os crescentes custos das matérias-primas para manter a inflação sob controle.
Fonte: Reuters.