Atualmente em 150 mil toneladas, a capacidade de produção da empresa deve chegar a 210 mil toneladas de nióbio até final de 2026.

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) está preparando um novo ciclo de investimentos na sua operação. A maior produtora de produtos de nióbio do mundo vai investir R$ 7 bilhões a partir do ano que vem. Os aportes serão usados no aumento da sua capacidade produtiva na unidade em Araxá (MG). A capacidade atual é de 150 mil toneladas/ano e a meta é chegar a 210 mil toneladas em cinco anos.

A empresa pretende produzir 100 mil toneladas em 2021 e se aproximar dos níveis de 2019. Naquele ano, a CBMM produziu 91 mil toneladas de produtos de nióbio. Já no ano passado, com a pandemia, a produção comercializada ficou em 72 mil.

Segundo o presidente da empresa, Eduardo Ribeiro, os aportes serão necessários para atender os novos mercados que a companhia está criando, como o de baterias para carros elétricos. “Até 2030, queremos ter 35% do nosso negócio nesse segmento. Hoje, 90% da produção é destinada ao mercado siderúrgico, com ferronióbio. Não adianta criarmos novas frentes se não pudermos atender, por isso esse investimento maior”, disse o executivo.

De acordo com o presidente, o planejamento para os próximos 6 a 7 anos será concluído agora e a meta é vender 180 mil toneladas de produtos de nióbio em 2030. “Estamos estruturando o planejamento de longo prazo e para isso, precisamos atingir vendas de 100 mil toneladas neste ano. Para chegar a esse volume estamos investindo em tecnologia para aumentar o tamanho do mercado.”

Anteriormente foram aplicados R$ 3 bilhões para aumentar de 100 mil toneladas de produtos para 150 mil. Os aportes de agora são maiores em razão de novas plantas que serão construídas na unidade de Araxá e investimentos em uma usina eólica no complexo para a geração de parte da energia que será consumida, segundo o executivo.

Além disso, o executivo acrescentou que somente com a nova disposição de rejeitos, a seco, a companhia vai investir R$ 2 bilhões. “Não é uma tecnologia nova, mas é a mais recomendada para a nossa atividade. É claro que 100% de disposição a seco não é possível pois temos uma quantidade de fino muito grande no beneficiamento do nióbio. A meta é empilhar até 70% do rejeito a seco.” Ele disse que para essa estrutura já há licença de instalação. A parcela de rejeito fino será disposta numa barragem a jusante e o depósito a seco está previsto para ficar pronto no final de 2026 ou início de 2027.

Segundo a CBMM, a meta é fazer do negócio de bateria elétrica o segundo maior segmento dentro da companhia. Somente com esse mercado, a estimativa é de comercializar por ano 45 mil toneladas de óxidos de nióbio até 2030. “A companhia já estruturou parcerias com companhias mundiais para o desenvolvimento de baterias para o setor de mobilidade”, conclui Ribeiro.

 

Com informações do Valor.

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