Recuo nas vendas externas do produto, que haviam registrado em agosto o maior volume em 11 meses, ocorre em meio a restrições na produção de aço na China.

As exportações de minério de ferro do Brasil desaceleraram em setembro e registraram média diária de 1,346 milhão de toneladas no acumulado do mês até a terceira semana, contra 1,714 milhão de toneladas na primeira semana, apontaram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira (20/09).

O recuo nas vendas externas da commodity, que haviam registrado em agosto o maior volume em 11 meses, ocorre em meio a restrições na produção de aço na China, que estão pressionando os preços da commodity.

Em setembro de 2020 completo, as exportações de minério de ferro somaram média de 1,784 milhão de toneladas diárias.

Até a terceira semana, o valor do minério do Brasil embarcado foi em média de US$ 124,20 por tonelada, ante US$ 163,30 por tonelada em agosto. O valor, no entanto, permanece bem maior que o registrado em setembro de 2020, de US$ 82,90 por tonelada.

Até a terceira semana, as exportações de minério somaram um total de 16,147 milhões de toneladas, contra 37,472 milhões de toneladas em todo o mês de setembro de 2020. Em receitas, os embarques somaram US$ 2 bilhões, versus US$ 3,108 bilhões na mesma comparação.

O recuo das vendas externas vem em um momento em que a Vale, principal exportadora do Brasil e uma das maiores produtoras globais, reduziu a previsão de capacidade produtiva de minério de ferro para o fim de 2022, que atingirá agora 370 milhões de toneladas, contra 400 milhões previstas anteriormente.

Conforme uma apresentação feita a investidores neste mês, a mudança de previsão se deve a atrasos em projetos, incluindo no Sistema Norte, onde está sua principal mina. Atualmente, a capacidade é de 335 milhões de toneladas.

 

Fonte: Reuters.

 

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