Segundo o diretor-presidente do Ibram, a expectativa é de alta nas exportações de minerais nos próximos anos.
Segundo o Índice de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), publicado no mês de setembro, as de commodities estão tendo aumento de participação nas exportações brasileiras.
Cerca de 69,7% de tudo que o país vendeu para o mercado externo foram produtos de commodities, entre eles o minério de ferro, um dos carros chefes das exportações nacionais.
O percentual foi o maior desde que o índice da FGV foi criado, em 1998. O minério de ferro, a soja e o petróleo representaram mais de 40% das exportações, o que indica um bom momento par o comércio exterior brasileiro, que voltou a ter força com outras nações, que têm forte interesse em nossos produtos.
Todavia, a economia brasileira terá de lidar com a dependência chinesa por nossas commodities, além de conseguir ampliar a produção sem que haja aumento na degradação ambiental, crítica frequente com atividades extrativista como a mineração.
Crescimento recorde nas exportações
Segundo Flávio Penido, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), as exportações do minério foram 110% maiores de janeiro a setembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2020, gerando faturamento bruto de US$ 36,5 bilhões.
O país asiático, epicentro inicial da pandemia de Covid-19, agiu rápido para controlar o problema de saúde pública, o que ajudou na retomada mais rápida da atividade econômica, apesar de atualmente estar com um rígido controle sobre a produção de aço, o que fez o preço do minério recuar em relação ao recorde, ocorrido em maio, quando atingiu US$ 237. A expectativa, do diretor-presidente do Ibram, Flávio Penido, é que o preço médio em 2021 seja de US$ 160 por tonelada de minério.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o minério de ferro é responsável por quase 50% do superávit na balança comercial nacional com a China.
O diretor-presidente do Ibram disse que a expectativa é de alta nas exportações de minerais nos próximos anos. “Existe toda uma tendência de usar minerais estratégicos para baterias e aços mais leves com lítio e nióbio. A perspectiva do Brasil é de ser um grande fornecedor desses materiais, domesticamente e no exterior”, concluiu Flávio Penido.